Foto reprodução
Em mais um ataque associado à sua atuação profissional, a jornalista Alana Rocha, teve seu veículo – um GM Kadett – apedrejado, na manhã de quinta-feira (13/04), em Riachão de Jacuípe, na região do Portal do Sertão. O ato de vandalismo aconteceu em frente à Gazeta FM, emissora de rádio em que ela trabalha. O automóvel teve o para-brisa e o vidro lateral da porta do passageiro destruídos. As informações são do site Informe Baiano.
Abalada, Alana diz não ter dúvida quanto à motivação do ataque. “O trabalho que faço de jornalismo investigativo, prestação de serviço, e, principalmente, denúncia, incomoda certos membros da gestão e parte dos vereadores”, avalia. Embora alvo de assédio judicial já há algum tempo, a jornalista demonstra surpresa ante a violência explícita desta quinta-feira.
“Eu
acho que isso só mostra o quanto nós, jornalistas, ainda estamos vulneráveis no
Brasil. Principalmente nós, que trabalhamos em cidades do interior de estados
do Nordeste.”, entende. Alana oficializou a queixa em boletim de ocorrência,
registrado no final da tarde, na Delegacia Territorial de Riachão do Jacuípe,
sob o número 00234385/2023.
Rede –
Denunciado ao Sinjorba e acompanhado de perto pela Comissão da Mulher do
sindicato, o atentado será levado a conhecimento da Rede de Combate à Violência
contra Profissionais de Imprensa, em sua primeira reunião de trabalho. Iniciativa
conjunta da Associação Bahiana de Imprensa (ABI) e do Sinjorba, a Rede “se
pretende um espaço interinstitucional de engajamento na luta pela proteção dos
jornalistas e radialistas no estado”, como preconiza sua Carta de Princípios.
Presidente
do Sinjorba, o jornalista Moacy Neves ressalta que este não é o primeiro ataque
sofrido por Alana. “Desde 2021, que ela é alvo de agressões verbais, atos
difamatórios e de transfobia”, lembra.
“Colocamos
a estrutura do sindicato à disposição, prestamos solidariedade, mas entendemos
que é preciso ir além. Com a rede, teremos o suporte necessário para
criminalizar e punir esses e quaisquer outros autores de agressões à
categoria”.
Lançado
no dia 4 deste mês, o coletivo já conta com a adesão de órgãos e instituições
como a Secretaria de Justiça e Direitos Humanos Estado, polícias Civil e
Militar, Ordem dos Advogados do Brasil (seção Bahia), Defensoria Pública do
Estado, Guarda Civil Municipal.
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