Por: Sophia stein/Brasil 61
Segundo o Atlas do Diabetes da Federação Internacional de Diabetes (IDF), atualmente, o Brasil possui aproximadamente 16,8 milhões de adultos entre 20 e 79 anos de idade portadores de diabetes, o que o torna o 5º país em incidência de diabetes no mundo, ficando atrás apenas da China, Índia, Estados Unidos e Paquistão.
Com
o objetivo de amenizar essa situação, no dia 12 de abril foi lançada a
Frente Parlamentar Mista para a Prevenção, Diagnóstico e Tratamento do
Diabetes, uma iniciativa da deputada Flávia Morais (PDT – GO).
“Nós
vamos estar atuando em todo o território nacional através dos parlamentares
representantes e vamos fazer uma articulação muito forte junto aos órgãos do
executivo federal, junto ao judiciário, aos outros órgãos para que a gente
possa garantir o direito da população brasileira a esse tratamento, ao
acompanhamento desta doença”, expôs.
O
que é diabetes e seus sintomas
Karla
Melo, coordenadora do Departamento de Saúde pública da sociedade brasileira de
diabetes, explica que diabetes é uma doença crônica, caracterizada pelo aumento
da glicemia e que também pode se expressar pela presença de sinais e sintomas,
tais como:
Diabetes
tipo 1
Fome
frequente;
Sede
constante;
Vontade
de urinar diversas vezes ao dia;
Perda
de peso;
Fraqueza;
Fadiga;
Mudanças
de humor;
Náusea
e vômito.
Diabetes
tipo 2
Fome
frequente;
Sede
constante;
Formigamento
nos pés e mãos;
Vontade
de urinar diversas vezes;
Infecções
frequentes na bexiga, rins, pele e infecções de pele;
Feridas
que demoram para cicatrizar;
Visão
embaçada.
“Mas
a sua característica principal é a glicemia elevada que é identificada em exame
laboratorial ou durante rastreamentos usando a glicemia capilar, mas que
posteriormente precisa ser confirmado pelo exame laboratorial”, explica.
A
coordenadora informa que a glicemia em pessoas que não possuem diabetes, variam
entre 70 a 99 miligramas por decilitro. Indivíduos com glicemia de jejum
alterada ou pré-diabetes, tendem a ter uma taxa de 100 a 125 miligramas por
decilitro e glicemias iguais ou superiores a 126, são caracterizadas como
diabetes, porém o exame precisa ser repetido para ter certeza do diagnóstico.
Tipos
de diabetes
Karla
Melo explica que os tipos de diabetes mais comuns são os tipos 1 e 2, mas
também existem outros como a diabetes gestacional e a pré-diabetes.
Diabetes Tipo 1 - Diagnosticado mais frequentemente em crianças e adolescentes, possui sintomas intensos o que gera um diagnóstico mais facilitado;
Diabetes Tipo 2 - Diagnóstico mais frequente em pessoas com mais de 45 anos e
corresponde a 90% das pessoas com diabetes;
Diabetes gestacional - Caracterizada pelo aumento dos níveis de glicose no
sangue durante a gravidez e que, após o parto, pode se tornar a diabetes do
tipo 2;
Pré-diabetes - Apresenta níveis de glicose no sangue mais altos do que o
normal, mas ainda não são tão altos para ser caracterizada como diabetes do
tipo 2.
Tratamento
O
tratamento para a doença irá depender de acordo com o tipo de diabetes que o
paciente possui.
Pacientes
com diabetes Tipo 1 precisam de aplicações diárias de insulina para manter os
níveis de açúcar no sangue dentro da faixa considerada normal. É recomendável
possuir um dispositivo, conhecido como glicosímetro, em casa para medir com
precisão a quantidade de glicose presente no sangue.
Para
pacientes que possuem diabetes tipo 2, podem ser utilizados 3 tratamentos que
irão variar de acordo com as necessidades específicas para cada caso, são eles:
Inibidores
da alfa-glicosidase: atuam bloqueando a digestão e absorção de carboidratos no
intestino;
Sulfonilureias:
promovem a produção de insulina no pâncreas por meio das células pancreáticas;
Glinidas: funcionam igualmente ao estimular a produção de insulina pelo pâncreas.
Para tratar o diabetes gestacional é necessário um acompanhamento específico, com estimativas regulares da curva glicêmica, tendo que manter as taxas de açúcar em ordem com refeições fracionadas ao longo do dia e diminuir os alimentos.
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