Foto ilustração
O Bradesco divulgou em seu normativo interno o encerramento das atividades de 70 (setenta) agências no próximo dia 18 de agosto, sendo 20 (vinte) unidades de varejo e 50 (cinqüenta) prime. Em Goiás a Ag. 3779-6 (Quirinópolis), oriunda do HSBC, será incorporada pela 1245-9 na mesma cidade, que pertence à base territorial do Sindicato dos Bancários de Rio Verde.
Concomitantemente
à divulgação do fechamento das agências, o Bradesco anunciou nesta
quinta-feira, 13, o seu Plano de Desligamento Voluntário Especial (PDVE 2017)
ao qual poderão aderir os empregados que trabalham na Organização Bradesco há
pelo menos 10 (dez) anos completados até 31/08/2017, considerando, inclusive, o
tempo de trabalho em empresas incorporadas. Também é público alvo quem está
aposentado junto ao INSS até 31/08/2017 ou estar apto a requerer aposentadoria
por idade ou tempo de contribuição integral ou proporcional até 31/08/2017.
O
banco abriu prazo para adesão ao PDV no período de 17/07 a 31/08/2017 e
estabeleceu os seguintes incentivos (além das verbas rescisórias normais) para
quem aderir:
- Pagamento equivalente a 0,60 da remuneração fixa de junho/2017, por ano
trabalhado, limitado a 12 salários;
- Pagamento de valor equivamente a 6 meses de Vale Alimentação, base
junho/2017, no Cartão Alimentação;
- Manutenção do Plano de Saúde e Odontológico por 18 meses, a partir da data do
desligamento.
Estranheza
No último dia 20 de junho houve reunião entre os dirigentes sindicais e a direção de recursos humanos do Bradesco, em São Paulo(SP), quando o banco afirmou que não havia plano de demissões e nem cronograma para fechamento de agências. Agora, há menos de um mês desse encontro, a instituição anuncia o fechamento de 70 agências e um plano de demissão sem que tivesse havido discussão com o movimento sindical, causando desconforto e insegurança no seio de seu funcionalismo. “Pior, os empregados ficaram sabendo dessas notícias ao abrirem o sistema de informática para trabalharem e ali lerem os normativos do banco”, protesta Sergio Luiz da Costa, presidente do Sindicato dos Bancários de Goiás e da FEEB-GO/TO. (Fonte: SEEB Goiás)
DEMISSÃO
VOLUNTÁRIA DO BRADESCO PODE CHEGAR A 10 MIL FUNCIONÁRIOS
Motivado pela compra do HSBC no Brasil, o Bradesco vai fazer o primeiro
programa de demissão voluntária (PDV) de sua história. O banco espera que a
iniciativa alcance, ao menos, 5 mil colaboradores, de acordo com fontes ouvidas
pelo Estadão/Broadcast, podendo chegar a 10 mil funcionários, em uma estimativa
de adesão maior.
O
programa começa no próximo dia 17 de julho e vai até 31 de agosto. O
público-alvo inclui todo o conglomerado Bradesco, mas apenas para funcionários
com mais de dez anos de casa e não está disponível para todos os departamentos,
de acordo com fontes.
O
objetivo da instituição, explicam as mesmas fontes, é aprofundar as sinergias
após a integração do HSBC, que adicionou cerca de 20 mil funcionários ao banco.
“O HSBC está totalmente internalizado. Agora, é preciso buscar ganhos de
eficiência. O PDV é uma quebra de paradigmas. O Bradesco nunca fez isso”,
explica uma fonte, na condição de anonimato.
Ao
final de março último, o Bradesco contava com 106.644 funcionários, número
16,68% maior do que o visto um ano antes, ou seja, antes da integração do HSBC,
que começou a ser considerado nos demonstrativos financeiros da instituição em
julho de 2016. Uma fonte diz que é difícil de precisar um número, até mesmo
porque o PDV é uma novidade na história do Bradesco, mas que 5 mil já é um bom
número. “O razoável é esperar 5 mil”, diz uma fonte. “Quem sabe 10 mil?”,
afirma outra.
Na
visão do Credit Suisse, a notícia, a despeito dos poucos detalhes que o
Bradesco deu ao mercado, é positiva para as ações do banco uma vez que reforça
o compromisso da gestão de melhorar a eficiência após a aquisição do HSBC. “É
uma ação mais ousada e acelerada para corte de custos, considerando que a
administração indicou originalmente que a redução do número de funcionários
deveria ocorrer mais em linha com o turnover natural”, dizem Marcelo Telles,
Lucas Lopes e Alonso Garcia, do Credit Suisse, em relatório ao mercado.
De
acordo com eles, o PDV anunciado pelo Bradesco deve aumentar a confiança do
mercado na execução da gestão para alcançar a estimativa de sinergias de custos
de R$ 2,7 bilhões, que, na opinião dos analistas do Credit, não está totalmente
precificado. Neste momento, o banco está focado em aumentar as sinergias e
ainda melhorar a sua rentabilidade, impactada pela integração do banco inglês.
Ao final de março, o indicador estava em 18,3%. O banco mira mantê-lo no
intervalo de 18% a 20%.
Enxugando.
Além do Bradesco, a Caixa Econômica Federal estuda fazer um novo PDV ainda
neste ano, com potencial de atingir cinco mil colaboradores. No último
movimento do banco, a adesão foi de 4.645, abaixo da expectativa de alcançar
dez mil pessoas num contingente de 30 mil funcionários elegíveis. No ano
passado, o Banco do Brasil fez um plano de incentivo à aposentadoria. Na
ocasião, a instituição conseguiu a adesão de 9,4 mil funcionários num horizonte
possível de 18 mil servidores. O banco tem dito que não deve fazer outro
movimento nesta direção.
As
iniciativas dos bancos, seja do lado de demissões voluntárias ou incentivo a
aposentadoria, ocorrem em meio à um movimento de reestruturação das redes
físicas, com a maior relevância de canais digitais, que já representam a
maioria das transações bancárias, e ainda do internet banking. Além de fechar
algumas unidades, as grandes instituições de varejo no País estão readequando
as agências, transformando-as em espaços de negócios.
Ao
final de março último, os cinco maiores bancos do País reuniam 19.220 agências,
conforme dados disponíveis nos balanços de Bradesco, Itaú Unibanco, BB,
Santander Brasil e Caixa. O número indica a redução de apenas 142 unidades em
um ano. Desconsiderando as 851 agências agregadas ao Bradesco por conta da
integração do HSBC, a redução se aproxima de mil agências. Já em termos de
funcionários no Brasil, os cincos maiores bancos somavam quase 426 mil
colaboradores no primeiro trimestre, enxugamento de cerca de 3.800 pessoas em
um ano. Aqui, também se descontado o contingente do HSBC, a redução seria bem
maior.
Procurado,
o Bradesco não comentou. Em comunicado ao mercado, a instituição destaca que
apenas poderão aderir ao Plano de Desligamento Voluntário Especial os
funcionários que preencherem os requisitos estabelecidos no Regulamento que a
iniciativa não afetará o elevado padrão de qualidade dos serviços prestados aos
seus clientes e usuários, em todas as localidades em que atua. (Fonte: Estadão)
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