Dia 19 de maio é lembrado como o Dia Mundial da Doença Inflamatória Intestinal que tem como objetivo esclarecer e conscientizar sobre o problema
No Brasil, estima-se que cerca de 10 milhões de pessoas sofram de Doença Inflamatória Intestinal (DII), que é um termo genérico usado para a condição inflamatória crônica do trato gastrointestinal que acomete, predominantemente, o cólon (intestino grosso). Segundo a coloproctologista e docente do Instituto de Educação Médica (IDOMED), Emanuela Correia, a DII tem tratamento, porém, não há cura definitiva. As duas formas mais comuns de DII são a doença de Crohn e a retocolite ulcerativa.
“A
primeira é uma síndrome que compromete todas as camadas da parede intestinal e
tem como sintomas dor abdominal, diarreia, perda de peso e enfraquecimento por
causa da dificuldade para absorver os nutrientes. Já a colite ulcerativa
atinge, principalmente, o intestino grosso (cólon) e pode causar dor abdominal
e diarreia aliada a sangue nas fezes. Suas formas variam de leve a grave, onde
o paciente corre o maior risco de desenvolver câncer de cólon”, explica Dra.
Emanuela.
Ela
explica, ainda, que por conta dos sintomas serem muito parecidos e confundidos
com os de outras doenças gastrointestinais, o diagnóstico pode ser mais
difícil. “Geralmente, os sintomas são os que citei logo acima. Por isso, é
importante que o paciente busque ajuda médica para a realização de investigação
através de exames”, orienta.
Faixa
etária
De
acordo com a coloproctologista, pessoas entre 15 e 40 anos são as mais afetadas
com o problema. “As causas ainda são desconhecidas, mas estima-se que o modo de
vida das pessoas, com alto consumo de alimentos industrializados e o
sedentarismo, possa ser uma das motivações da incidência da DII em pacientes
mais jovens”. Porém, ela salienta que pessoas de todas as faixas etárias podem
ser afetadas, especialmente os idosos, que devem ficar em alerta sobre os
sintomas.
A
Dra. Emanuela Correia ressalta, também, a importância de um
diagnóstico precoce e um acompanhamento médico regular. "A DII é uma
doença crônica que pode afetar a vida do paciente de maneira significativa, mas
com o tratamento adequado é possível manter a doença sob controle e ter uma
vida saudável e produtiva", diz, acrescentando que o tratamento pode
incluir medicamentos, dieta, suplementos nutricionais e, em casos graves,
cirurgia.
“Porém,
além do tratamento, é necessário reforçar o alerta sobre as ações de prevenção,
como a adoção de uma rotina de exercícios físicos, evitar tabagismo e a
ingestão de bebidas alcóolicas. Uma dieta com baixo teor de gordura, açúcares e
rica em fibras também é fundamental. No entanto, alguns vegetais precisam ser
evitados, pois acabam estimulando a produção de gases, como repolho,
couve-flor, batata doce, feijão, entre outros. Esses alimentos podem piorar a
distensão abdominal.”, finaliza.
Texto e foto: Ascom/IDOMED
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