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Por Daniella Almeida
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) iniciou, na quinta-feira (4), a produção das novas urnas eletrônicas, modelo UE 2022, na fábrica de urnas, em Ilhéus (BA), para modernizar o sistema de votação e substituir os aparelhos até então usados.
A
previsão é de que sejam produzidos 219.998 equipamentos até fevereiro de 2024,
o que representa a segunda maior produção da história, atrás apenas das 225 mil
urnas modelo UE 2020, fabricadas para as Eleições 2022.
O
coordenador de Tecnologia Eleitoral do TSE, Rafael Azevedo, disse que o novo
projeto é quase idêntico ao modelo da urna eletrônica imediatamente anterior, a
UE 2020, já considerada por especialistas como moderna, rápida, segura e
inclusiva. “Vai haver aperfeiçoamento no que a gente percebeu de problema em
2020. Mas, como a de 2020 foi muito exitosa, não tem muito o que mudar”.
Vida
útil
De
acordo com o TSE, a urna eletrônica tem uma vida útil de dez anos,
aproximadamente seis eleições. As novas unidades serão usadas pela primeira vez
nas Eleições 2024, para escolha de prefeitos e vereadores dos 5.568 municípios
brasileiros. O próximo pleito contará com as novas urnas, como também com as
dos modelos 2020, 2015, 2013 e, eventualmente, 2011. A previsão da Justiça
Eleitoral é que os equipamentos de 2009 e de 2010 sejam descartados.
Testes
Agora
em maio, será fabricado um primeiro lote com 300 unidades, que serão entregues
ao TSE e a alguns tribunais regionais eleitorais (TRE) para avaliação e testes.
Rafael
Azevedo, disse que há uma equipe do tribunal em Ilhéus, fiscalizando o processo
de fabricação das urnas desenvolvidas pela Justiça Eleitoral.
“Todos
os lotes de urna eletrônica, que contêm até 50 unidades cada, passam por uma
auditoria de qualidade pelo TSE. Nós aprovamos uma amostra desse lote e também
fazemos uma auditoria de segurança na fábrica”, disse Rafael Azevedo.
Depois
de realizados os testes de qualidade nos protótipos, as urnas do primeiro lote
são submetidas a testes de resistência, como avaliação do tempo em
funcionamento, temperatura do aparelho, realizados pelo Centro de Tecnologia da
Informação Renato Archer.
Qualquer
cidadão brasileiro poderá colaborar com testes de segurança e de
funcionalidades das urnas. Isso porque os novos equipamentos UE 2022 também
serão submetidos ao Teste Público de Segurança, instituído pelo TSE.
“Se
encontrarem alguma vulnerabilidade, eles apresentam as sugestões para
correção”, disse Rafael Azevedo.
Antes
do pleito, o TSE ainda submete as urnas ao teste de integridade pelos
eleitores, como ocorreu nas eleições majoritárias de 2022, quando foi comprovada
a lisura e eficiência das urnas e do e do sistema eletrônico de votação.
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