O Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), por meio da Defesa Civil Nacional, promoveu, nesta quinta-feira (29), um debate on-line sobre tecnologias de baixo custo para redução de riscos. O evento abordou, com especialistas, a importância do uso de ferramentas que não dependem de grandes investimentos para ajudar gestores na prevenção de ocorrências, como a padronização na elaboração de planos de contingência e sensores que avisam a proximidade de um desastre.
A
discussão foi mediada pelo coordenador-geral de Articulação da Defesa Civil
Nacional, Reinaldo Estelles, e contou com a participação da diretora da Divisão
de Prevenção da Defesa Civil de São Paulo, Natália Leite; do secretário
municipal de Defesa Civil e Geotecnia de Niterói (RJ), Walace Medeiros, e do
secretário-adjunto de Segurança Pública e Defesa Social de São Carlos (SP),
coronel Paulo Cesar Belonci.
O
representante da Defesa Civil Nacional destacou a importância da discussão do
tema, que tem origem no Banco de Boas Práticas, que são ações que devem ter
resultados comprovados, serem inovadoras e adaptáveis a diferentes realidades,
além de terem baixo custo e de aplicações reconhecidas.
“Todas
essas tecnologias trazem a comunidade para trabalhar em conjunto, fazendo
valer, no dia a dia da população, a importância das informações que as cidades
produzem”, afirmou Reinaldo Estelles.
Durante
o bate-papo, a diretora Natália Leite detalhou o uso de ferramentas do Google
na elaboração dos planos de contingência de localidades na cidade de São Paulo.
“Temos
usado o formulário do Google para automatizar a elaboração desses planos. São
mais de 600 áreas de riscos mapeadas. Fazer o plano dessas áreas exigia uma
grande quantidade de documentos, que, muitas vezes, vinham com problemas de formatação,
fora do padrão. Com o formulário do Google, não temos mais erros de formatação
e diferença de versões. O processo de confecção desses planos foi otimizado”,
ressaltou.
O
secretário-adjunto Paulo Cesar Belonci apresentou a tecnologia adotada em São
Carlos (SP), que tem auxiliado autoridades e população na prevenção de
desastres.
“Instalamos sensores que avisam quando o nível dos rios está subindo. Temos um problema recorrente de enchentes na área central da cidade. Havia a necessidade de se criar um sistema de monitoramento, e que esse sistema permitisse avisar com certa antecedência, para que o socorro seja prestado em caso de enchentes nessa região”, explicou.
Já o secretário Walace Medeiros contou que a Defesa Civil de Niterói, município com muitos problemas de deslizamentos de encostas, criou um aplicativo, o Alerta DCNIT, que leva várias informações à população, como previsão do tempo, além do envio de alertas em situações de emergência. Ele explicou a importância da tecnologia.
“Havia
a necessidade de um bom canal de comunicação com a população, a todo momento.
Mas precisávamos criar um canal amigável, para ter contato no dia a dia, não só
em eventos, mas em normalidade também. O aplicativo leva várias informações
para a população e tem tido adesão interessante (cerca de 95 mil usuários). Fez
a diferença no sistema de comunicação de riscos”, comentou.
Nas
próximas edições do Bate-Papo com a Defesa Civil, serão debatidos temas como a
Interface de Divulgação de Alertas Públicos (IDAP) e sua contribuição para os
municípios, gerenciamento de abrigos temporários, inundações nos rios
amazônicos e as ações de prevenção e assistência às vítimas, entre outros.
Fonte: Brasil 61
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