"Superministro" Alexandre de Moraes (STF) nega estadia permanente de esposa de Roberto Jefferson em hospital

Foto reprodução - STF


O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, negou, na segunda-feira (12/6), um pedido do ex-deputado federal Roberto Jefferson para que sua esposa permanecesse ao seu lado em tempo integral enquanto ele estiver internado em um hospital particular do Rio de Janeiro.


O ex-deputado tem um quadro clínico de desnutrição, agitação psicomotora, desorientação, baixa aceitação alimentar e crise convulsiva. A defesa pedia o acompanhamento da esposa 24 horas por dia, já que Jefferson é idoso.


Apesar da autorização para tratamento fora da prisão, Alexandre explicou que o ex-deputado está sujeito às regras aplicadas aos presos preventivos, o que inclui a limitação da visita do cônjuge a dias determinados.


O relator constatou que todos os advogados da defesa têm acesso ao hospital e que a esposa vem podendo visitar Jefferson no horário permitido pelo estabelecimento.


O ministro também afirmou que o preso pode receber visitas de médicos particulares, desde que sejam respeitadas as normas de saúde do hospital e as regras aplicáveis ao ingresso em estabelecimento prisional.


Histórico


O ex-deputado é alvo de ação penal por tentar impedir o livre exercício dos poderes da União e dos estados com emprego de violência ou grave ameaça, além de incitação ao crime, calúnia e homofobia.


Por ordem do ministro Alexandre de Moraes, Jefferson foi preso em 2021, suspeito de integrar um "núcleo político" que atua para "desestabilizar instituições republicanas" por meio do compartilhamento de mensagens golpistas.


Já no início de 2022, o magistrado concedeu prisão domiciliar ao ex-parlamentar. No entanto, Jefferson descumpriu as medidas cautelares impostas, principalmente referente ao uso de redes sociais.


Em outubro daquele mesmo ano, a filha do ex-deputado divulgou um vídeo em que o pai proferia diversas ofensas misóginas à ministra Cármen Lúcia, do STF, em função de um voto no Tribunal Superior Eleitoral. Com isso, Alexandre determinou o retorno ao regime fechado.


Quando os policiais federais chegaram à casa de Jefferson para a revogação da prisão domiciliar, foram recebidos com mais de 50 disparos de fuzil e três granadas.


Isso levou a uma nova prisão em flagrante, mais tarde convertida em preventiva. No último mês de janeiro, Alexandre manteve a medida. Em maio, o Plenário confirmou a decisão.


Já no último dia 4/6, o relator autorizou a saída de Jefferson da prisão, para tratamento de saúde no Hospital Samaritano, no bairro de Botafogo, zona sul do Rio de Janeiro.


Na ocasião, o magistrado aplicou medidas cautelares — por exemplo, proibiu o ex-deputado de conceder entrevistas; de utilizar redes sociais, celular ou tablets; e de receber visitas sem autorização judicial prévia, com exceção dos advogados e da esposa. Com informações da assessoria de imprensa do STF.


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Pet 9.844

 

Com informações da Revista Consultor Jurídico,


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