O
período de semeadura da soja na Bahia começa a valer dia 1º de outubro e
se estenderá até o 8 de janeiro de 2024. A portaria nº 840, que estabelece os calendários de semeadura
de soja referente à safra 2023/2024 para 21 Unidades da Federação, foi publicada
pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) na última terça-feira (11).
O
produtor de soja, Gustavo Kanheski explica que o calendário de semeadura existe
para que os produtores se protejam contra as pragas e doenças nas
lavouras.
“O
calendário da semeadura da soja é estabelecido por motivo do vazio sanitário.
De agora até a época da semeadura, que é no começo de outubro, não pode ter
plantas de soja viva por causa do vaso sanitário para evitar a multiplicação de
doenças”, explicou o produtor.
As
datas para a semeadura da soja são estabelecidas como forma de complemento ao
período de vazio sanitário. As duas medidas têm o mesmo objetivo, ou
seja, reduzir ao máximo o surgimento da ferrugem asiática, uma doença que pode
ocasionar até 75% de perda da safra e que possui alta capacidade de reprodução
e disseminação.
O
produtor explica ainda o que é a ferrugem asiática, doença considerada a mais
desagradável nas plantações de soja.
“A
ferrugem asiática é o vilão da soja. Ela é uma doença que se pegar na lavoura
de soja você não vai produzir nem a metade do que é previsto. Por isso que
existe vazio sanitário para evitar que as doenças se multipliquem,
principalmente a ferrugem”, concluiu.
De
acordo com o Ministério das Relações Exteriores, as medidas sanitárias e
fitossanitárias visam proteger a vida e a saúde humana e animal e a sanidade
vegetal por meio de normas, procedimentos e controles aplicáveis ao comércio
internacional de produtos agrícolas, de forma a assegurar a inocuidade e a
qualidade dos alimentos.
Os
principais municípios produtores de soja na Bahia são:
Formosa
do Rio Preto;
São
Desidério;
Barreiras;
Correntina;
Luís
Eduardo Magalhães;
Riachão
das Neves;
Jaborandi;
Cocos;
Baianópolis;
Serra
do Ramalho.
Em
2022, a Bahia produziu por volta de 4,5 milhões de quilos de soja, o que gerou
mais de U$ 2,7 milhões em exportações para o estado. Já em 2023, até o momento,
foram produzidos cerca de 1 milhão de quilos e gerou aproximadamente U$ 11
milhões em exportações.
Fonte:
Brasil 61
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