“Desconhecimento”, diz defesa sobre fala de Lula no caso Moraes


O advogado do trio suspeito de hostilizar o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) e presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) Alexandre de Moraes, Ralph Tórtima, define a fala do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre os suspeitos como fruto de “desconhecimento”. Na 4ª feira (19.jul), Lula afirmou os suspeitos de hostilizar o ministro são como um “animal selvagem” e defendeu punir severamente quem “ainda transmite ódio”.


“Um cidadão desse é um animal selvagem, não é ser humano. O cidadão pode não concordar, mas não pode ser agressivo, não pode xingar. É possível voltar a ter civilização”, afirmou Lula a jornalistas em Bruxelas, capital da Bélgica. 


“Eu diria que a manifestação do presidente Lula qualificando essas pessoas como animais selvagens, ela é fruto de desconhecimento, eu acho que houve uma falha e grave por parte da sua assessoria”, declarou Tórtima em entrevista ao Poder360.


Tórtima afirma que a declaração de Flávio Dino, ministro da Justiça e Segurança Pública, sobre a busca e apreensão contra os acusados “tenta dá legalidade” a “excessos e arbitrariedades” que, segundo ele, estão sendo cometidos no caso. No Twitter, Dino disse que medida da PF se justifica pelos “indícios” de crimes


LEIA O QUE DIZ A DEFESA SOBRE O CASO


Entenda a cronologia narrada pelo advogado Ralph Tórtima ao Poder360, de acordo com a versão dos acusados:


O casal Mantovani e Zanatta desembarcaram do voo e foram até à sala VIP do Aeroporto Internacional de Roma (Itália). Neste momento, a defesa relata que ainda não haviam visto o ministro Alexandre de Moraes;


Ao passar pela entrada da sala VIP, Roberto identifica o ministro entrando no local reservado e informa à família;


Os suspeitos tentam entrar no local, mas são informados que a sala está cheia. Então, Andreia vai até a recepção e critica o fato de não poder entrar;


Nesse momento, segundo o advogado dos suspeitos, o filho de Moraes, Alexandre Barci, teria feito “ofensas” à Andreia;


Por causa das supostas ofensas do filho do ministro à sua mulher, Roberto Mantovani o teria afastado com o braço —a defesa não soube dizer se foi um tapa ou se o suspeito empurrou o filho do ministro. 


Alexandre Barci, filho de Moraes, teria perguntado se o empresário queria “briga”, que respondeu que “não”;


Depois das críticas, o casal Mantovani e Zanatta vão até a outra sala VIP do aeroporto, mas também não conseguem entrar. Por isso, retornam ao local reservado em que Moraes estava;


Ao chegar de volta, o filho de Moraes teria voltado a proferir novas ofensas à Andreia. A situação teria sido acalmada por outras pessoas que estavam por perto;


Moraes teria tirado o seu filho da sala VIP e conversado com ele reservadamente. Em seguida, o próprio ministro tirou fotografias dos suspeitos e disse que seriam identificados ao chegar ao Brasil, diz a defesa;


Zanatta teria começado gravar o ministro e questionado se a declaração seria uma ameaça. Nesse momento, Moraes teria chamado o genro do casal Mantovani de “bandido”.


Moraes e seu filho voltam para a sala depois do desentendimento.


Roberto Mantovani Filho, 71 anos, empresário – prestou depoimento na 3ª feira (18.jul) e disse que “afastou” o filho de Moraes com os braços porque sua mulher se sentiu desrespeitada pelo filho de Moraes;


Andreia Mantovani, 45 anos, mulher de Roberto – prestou depoimento na 3ª feira (18.jul) e disse ter criticado a possibilidade da família ter tido algum privilégio para acessar à sala VIP;


Alexandre Zanatta, 41 anos, genro de Roberto e corretor de imóveis – prestou depoimento no domingo (16.jul) e negou as acusações.


O CASO


Moraes retornava de uma palestra no Fórum Internacional de Direito, realizado na Universidade de Siena, quando foi hostilizado pelo grupo, segundo a PF.


Os suspeitos teriam xingado o ministro de “bandido, comunista e comprado”. Roberto Mantovani teria inclusive agredido fisicamente o filho de Moraes com um golpe no rosto, quando ele interveio na discussão em defesa do pai.


Os 3 brasileiros identificados como Roberto Mantovani, Andreia Mantovani e Alex Zanatta desembarcaram na manhã de sábado (15.jul) no aeroporto de Guarulhos, em São Paulo. Agentes da PF estiveram no local no momento do desembarque. Agora, a corporação apura se houve crime contra honra e ameaça.


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