UMA HOMENAGEM A JORGINHO MENDES : “...“EU PREFIRO SER ESSA METAMORFOSE AMBULANTE...”

 

Foto Facebook

Por: Taciano Medrado

Existe um adágio popular que diz: “ para morrer basta estar vivo”. Mas a grande questão é: quem está preparado para enfrentar a tão temível morte? Desde que damos os primeiros suspiros ao nascer, a sombra da morte nos assombra e esse fato é inevitável.

Para o Espiritismo, a morte não é o fim da vida porque apenas o corpo físico é que perece. O espírito, por sua vez, retorna ao plano espiritual, continuando a viver e planejando seu retorno à Terra.

Por isso, os espíritas costumam dizer que a pessoa desencarnou, ou seja, deixou a carne. “Fazer a passagem” é outra expressão bastante usada pelos adeptos da doutrina. Afinal, quando o corpo morre, o espírito que estava ligado àquele corpo só passa para o outro lado, o do mundo espiritual.

Ainda segundo a doutrina espírita, a morte significa o cumprimento de sua missão aqui no plano terreno.

Nos últimos anos tenho presenciado a perda de queridos amigos, alguns por enfermidades adquiridas, outros de forma repentina e abrupta e por mais que eu tente me acostumar com a ideia da morte, como um fenômeno natural onde todo ser vivo  nasce, cresce , se desenvolve e perece, como aprendemos nos livros de biologia, não dá pra engolir.

Ao longo dos meus 62 anos de idade já perdi, mãe, irmã, tios, primos e amigos- alguns próximos outros distantes. É sempre uma dor diferente, mas é uma dor.

A repentina morte de Jorginho Mendes nessa quarta-feira (19),  foi mais uma pancada que a vida me deu depois da morte dos  meus amigos Erry Justo, Edilton Mendes, Júinior Marreta, Meu primo Nilton Evangelista (da policia Civil), Tony Jarbas, e tantos outros.

Eu conhecia Jorginho desde dos tempos de criança, mas nunca tivemos uma relação de amizade muito próxima, somos da mesma geração, ele de 1960 e eu de 1961, e eis que depois de mais de 40 anos devido a minha criação do blog Jorginho se tornou um dos grandes admiradores e leitor assíduo na relação da lista de transmissão que eu fazia das matérias que eram publicadas, mas ele não se contentava em apenas ler e fazer alguns comentários escritos, mas gravava áudios e me enviava pelo Whats App quase que rotineiramente.

Nos últimos tempos, ele foi mais além, gravava vídeos das suas diárias caminhadas na orla de Juazeiro as 5 da manhã, era a primeira postagem que eu recebia no meu zap. Quando eu postava uma matéria na linha de transmissão do blog eu já esperava que um áudio de Jorginho iria aparecer no meu Whats app. Era dito e feito.  

Uma semana antes dele adoecer, como costume ele enviou um áudio comentando sobre o seu glorioso Botafogo e sobre assuntos de política. Estranhei a sua ausência repentina, pois ele nunca ficava um dia sem aparecer, mas imaginei que estivesse envolvido com atividade profissional e só tomei conhecimento da sua morte através de meu filho que é amigo do filho dele que me enviou já o banner com informações do velório. Foi uma mistura de susto, surpresa, incredulidade e não aceitação e cheguei a pensar se tratar de alguma brincadeira de mal gosto.

A última vez que estive pessoalmente com Jorginho foi lá na loja Jua Car veículos há pouco mais de um mês atrás, pois ele havia me indicado um amigo para pintar meu veículo corsa ano 2000 a quem eu disse que depois de pronto queria que ele vendesse e ele na sua grande sabedoria e bondade me persuadiu a não vender por se tratar, na visão dele,  de um relíquia de 23 anos de idade e assim eu seguir seus conselhos .

Enfim, poderia me alongar nesse texto, mas vou parar pois os meus olhos já se enchem de lagrimas. Ficarei com a lembrança de desse cara fantástico, muito família e que adorava seus filhos e netos, aliás tema que sempre conversávamos, afinal nos identificávamos mutuamente.

Sou avesso a velórios, não gosto de ver o sofrimento de quem fica se despedindo de quem vai, prefiro o meu luto assim, escrevendo como sempre faço.


Por fim, além de botafoguense roxo,  Jorginho era um fá incondicional de Raul Seixas e sempre me enviava vídeos das maravilhosas canções do roqueiro baiano e vou finalizar com um trecho de uma letra de uma das músicas que mais ele adorava:

  
“EU PREFIRO SER ESSA METAMORFOSE  AMBULANTE...”  

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