Arbitragem brasileira - dicotomia entre salário de amador e responsabilidade de profissional

© Getty Images


Por: Taciano Medrado

Imaginem vocês um árbitro de futebol no Brasil que ganha míseros R$ 2 mil e R$ 4,2 mil por jogo, em média,  apitando um jogo onde o bilionário Neymar esteja jogando e para isso recebendo mais de 1 milhão de reais por dia?


Ser árbitro de futebol no Brasil é um grande desafio, primeiro, falando pelo lado financeiro, como eles  não são considerados profissionais,  no sentido tradicional,  os mesmos precisam fazer malabarismo para conciliar essa grande paixão com outras atividades que lhe permitam sobreviver dignamente.


Segundo,  pelo alto grau de responsabilidade e dedicação de muitos anos de estudos, reciclagens e aperfeiçoamento e acima de tudo ter que conviver com as críticas pesadas por parte da imprensa, dos treinadores e dirigentes de clube quando erram.


Mas quanto ganha efetivamente um árbitro brasileiro?


Segundo a revista eletrônica, Somos Fanáticos Brasil, a remuneração dos árbitros varia, dependendo de sua classificação dentro da hierarquia arbitral. Aqueles que fazem parte do seleto grupo FIFA, que compõem a elite, podem receber valores mais significativos.


Em média, os árbitros no futebol brasileiro ganham entre 2 mil e 4,2 mil.   Esses números refletem o fato de que a arbitragem ainda não é reconhecida como uma carreira de tempo integral no país.


Ainda segundo a revista esportiva, enquanto aqueles que atuam na Série A do Campeonato Brasileiro podem receber valores mais substanciais, os árbitros das séries B, C e D recebem menos.


Já em jogos internacionais como a Libertadores, Sul Americana , Copa América, podem representar um momento de destaque financeiro para os árbitros. Os valores em torno de R$ 6 mil por partida nesses torneios são um dos pontos mais altos que um árbitro pode alcançar no Brasil e na América. 


Isso é preocupante, uma vez que dá margem para que haja oferta de propina visando interferir nos resultados das partidas, fato que já aconteceu em tempos atrás aqui no Brasil quando árbitros foram denunciados e alguns comprovados de que recebiam subornos.


Portanto, é preciso que a CBF busque rever as questões salariais dos árbitros que atuam,  para que eles possam ter a tranquilidade financeira de exercerem suas profissões dignamente. Não dá mais pra ficar nessa de “amadorismo” na arbitragem, nem futebol feminino é mais amador.

 

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