Copa do Mundo feminina: Jamaica e Colômbia brigam por vaga em campo após festejarem juntas em boate

© Fornecido por Estadão

Na madrugada desta terça-feira, Jamaica Colômbia vão se enfrentar em pelas oitavas de final da Copa do Mundo feminina de 2023. O jogo é histórico para ambas as seleções, sendo a primeira vez que a equipe caribenha se classifica para a fase mata-mata do torneio. Já as sul-americanas alcançaram às oitavas pela segunda vez em sua história. Uma das seleções jogará as quartas de final de forma inédita.

Apesar da importância da partida, o clima entre Jamaica e Colômbia está longe de ser hostil. E uma situação para lá de curiosa representa bem o espírito de ambas as equipes que conquistaram o público da Austrália e da Nova Zelândia com o seu carisma.


Em entrevista, o técnico jamaicano Lorne Donaldson revelou que, antes da primeira partida de sua seleção, as suas jogadoras foram celebrar o início da Copa do Mundo em uma balada. Para a surpresa da delegação caribenha, as atletas colombianas também estavam no local. O que elas fizeram? Se juntaram e celebraram juntas. “Eu acho bom que existam países que gostem de curtir a vida em primeiro lugar”, ele afirmou. “Existem coisas mais importantes do que o futebol.”


Apesar da alegria dentro e fora de campo, Colômbia e Jamaica não estão no Mundial de 2023 para passar vergonha. As sul-americanas apresentaram o futebol mais vistoso da competição, ficando em primeiro lugar em um grupo que contava com a poderosa Alemanha. Como destaque, a atacante Linda Caicedo, de apenas 18 anos, vem encantando o mundo com sua ginga e seus dribles.


Quem a vê jogando, no entanto, não imagina o sufoco que a garota passou. Um ano após estrear no futebol profissional, a adolescente, que na época tinha 15 anos, descobriu que estava com um câncer no ovário. A descoberta ocorreu durante a pandemia da covid-19 e, para tratar a doença, ela teve de fazer uma pausa em sua promissora carreira. Foram seis meses de quimioterapia, mas tudo deu certo e o câncer foi removido do corpo de Linda.


Em 2022, brilhou no Mundial de base e na Copa América pela Colômbia, sendo apelidada de “Rainha da América” por suas atuações. Linda é a segunda sul-americana mais jovem a fazer gols em mais de uma partida de Mundial, sendo somente superada por Marta.


Do outro lado da chave, as caribenhas surpreenderam ao segurar empates com França e Brasil, se classificando em segundo lugar do Grupo F. Até o momento, as jamaicanas não levaram gol. O grande destaque do time, a atacante Khadija “Bunny” Shaw, ainda não fez uma boa atuação no torneio. No primeiro jogo, Shaw foi expulsa após uma falta boba. Ela cumpriu suspensão na partida contra o Panamá e, no confronto contra o Brasil, pouco fez.


A esperança da Jamaica, no entanto, é que o ataque caribenho funcione contra as colombianas. Até o momento, elas fizeram somente um gol em três jogos. “Não é algo que nos preocupa tanto”, afirmou o treinador Donaldson ao ser perguntado da falta de gols. “Para passar na fase de grupos, você tem de fazer o que tem de ser feito. Para esse jogo, temos que tentar marcar um gol pois alguém será eliminado. Nós vamos dar o nosso máximo e, se tudo der certo, podemos marcar gols”.


Conhecidas como “Reggae Girlz”, as jamaicanas estão recebendo um apoio de peso ao longo o torneio. Cedella Marley, filha de Bob Marley, vem apoiando financeiramente a equipe por meio de doações e iniciativas que buscam incentivar o futebol feminino no país. Desde 2014, a artista de 55 anos investe na categoria e vem arcando com inúmeras despesas da seleção durante a Copa do Mundo de 2023.


“Cedella tem sido o mais importante como parte da nossa jornada”, disse a lateral Blackwood em entrevista durante a coletiva de imprensa. “A melhor coisa é que ela nos vê não só como jogadoras, mas também como seres humanos. Isso é algo que sempre quisemos. Ela nos trata como pessoas que têm diferentes vidas. O suporte dela tem sido muito importante para nós. Ela é o coração desse time”.


Quem também arranjou uma maneira de apoiar a equipe foi a a mãe da meio-campista Havana Solaun, Sandra Phillips-Brower. A ideia dela? Abrir uma vaquinha online para que os fãs e torcedores da Jamaica pudessem contribuir com a seleção. Ela criou a campanha chamada “Reggae Girlz Rise Up” (Garotas do Reggae, levantem-se, em tradução livre) e faturou US$ 50 mil, algo em torno de R$ 238 mil.


Na página da plataforma GoFundMe, Sandra afirma que as jogadoras estão cientes das doações e que, junto com a delegação, elas decidirão qual a melhor forma de alocar os fundos recolhidos. “A manifestação de apoio as ‘Reggae Girlz’ tem sido espetacular. Obrigada a todos por promoverem um apoio internacional sistemático para essas jovens mulheres maravilhosas”, a mãe escreveu em um dos posts.

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