Até
o próximo dia 30 de agosto, estados brasileiros podem enviar relatórios para se
candidatarem a receberem os certificados e selos de boas-práticas por atingirem
a meta de eliminação da transmissão vertical de HIV e sífilis como problema de
saúde pública.
Os
relatórios serão analisados pelo Ministério da Saúde, que criou um grupo de
trabalho para acabar com a transmissão vertical tanto do HIV quanto da sífilis,
hepatite B e doença de Chagas. Este grupo de trabalho inclui cinco órgãos e tem
o objetivo de integrar e fortalecer as linhas de ação em todo o país.
“A
proposta principal é tentar reorganizar os serviços de saúde, ver onde estão as
nossas lacunas. Uma vez que nós temos diagnóstico e tratamento para essas
infecções para que possa ser evitada a transmissão vertical, porque elas ainda
estão ocorrendo no país?” Questiona a diretora de Programa da Secretaria de
Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde, Angélica Espinosa
Miranda.
Segundo
a gestora, esse processo ajuda a organizar a linha de cuidado das gestantes
atendidas pela rede pública em todo o país, uma vez que — essa avaliação — pode
mudar o processo e melhorar a qualidade de atenção que o SUS oferta.
Essa
ação está entre as prioridades que o Ministério da Saúde assumiu, junto à
Organização Mundial da Saúde (OMS), de eliminar doenças e agravos como
problemas de saúde pública no Brasil até 2030, visando o alcance dos Objetivos
de Desenvolvimento Sustentável — propostos pela Organização das Nações Unidas
(ONU).
Como
conseguir o selo
Os
relatórios municipais precisam conter todas as medidas preventivas tomadas para
a eliminação da transmissão vertical do HIV e sífilis, além de comprovar a
implementação de comitê de investigação ou grupo técnico para prevenção da
transmissão vertical de HIV e/ou sífilis para prevenção de mortalidade materna,
infantil e fetal.
Transmissão
vertical
A
transmissão vertical ocorre quando a doença passa da mãe para o feto no útero
ou durante o parto. Mães que vivem com o HIV têm 99% de chance de terem filhos
sem o vírus se seguirem as orientações e tratamentos recomendados durante o pré-natal,
parto e pós-parto.
O SUS fornece insumos para prevenção como preservativos, testes rápidos e exames de diagnóstico, bem como tratamentos capazes de prevenir a transmissão vertical Quanto mais cedo o pré-natal começar, maior é a probabilidade de sucesso para evitar a infecção do bebê.
Outras ações fundamentais para a prevenção e eliminação da transmisssão
vertical de HIV, sífilis, hepatite B e doença de Chagas são:
Realizar
o pré-natal desde o início da gestação, ou assim que descobrir a gravidez;
Realizar
testagem, especialmente por meio dos testes rápidos, para o diagnóstico
precoce;
Nos
casos de infecção, realizar o tratamento adequado com profissional de saúde.
E ter adesão às consultas do pré-natal para acompanhamento adequado e
realização dos exames solicitados.
Segundo
o infectologista do Sabin Diagnóstico e Saúde em Brasília Claudilson Bastos é
possível chegar a índices próximos a zero da transmissão vertical de HIV.
“As
mães que têm a questão do HIV já tomam medicação, então esse controle é maior.
Porque o pré-natal é periódico, a atenção nos postos de saúde é maior, e a
própria gestante, muitas vezes, ela procura mais a assistência médica e a gente
consegue controlar melhor.”
Cenário
da Aids
Dados
do Ministério da Saúde estimam que cerca de 108 mil pessoas vivem com o vírus
HIV em seu corpo e ainda não sabem, sendo a maioria jovens entre 15 e 24 anos.
Entre 1980 e junho de 2022, foram identificados 1.088.536 casos de Aids no
Brasil, segundo a Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da
Saúde.
De
acordo com o boletim epidemiológico de HIV/Aids de dezembro de 2022, divulgado
pelo Ministério da Saúde, em 2018 foram notificados 46.342 casos da doença no
país. Quatro anos mais tarde, em 2022, essas notificações caíram para 16.704.
Sífilis
e Hepatite B
O controle da transmissão vertical do HIV é algo que vem sendo trabalhado e está sob controle no país, graças ao protocolo de atendimento em nível de atenção especializada.
Já o controle da transmissão vertical da hepatite B ainda é mais difícil,
segundo o Ministério da Saúde, pois faltam dados. “A gente acredita estar
próximo da eliminação da transmissão vertical desse vírus, mas precisamos gerar
informações que comprovem essa situação” , avalia a diretora de Programa da
Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde, Angélica
Espinosa Miranda.
Em
relação à sífilis congênita, os dados — que são publicados anualmente — têm
mostrado uma taxa ascendente da doença no país. “O que prova que é necessário
fazer uma organização melhor da linha de cuidados, sobretudo na linha da
atenção primária, onde os casos são identificados e acompanhados.” Explica a
diretora.
Fonte: Brasil 61
Para
ler a matéria na íntegra acesse nosso link na pagina principal do Instagram.
www: professsortaciano medrado.com e Ajude a aumentar a
nossa comunidade.
AVISO: Os comentários são de responsabilidade dos autores e não representam a opinião do Blog do professor Taciano Medrado. Qualquer reclamação ou reparação é de inteira responsabilidade do comentador. É vetada a postagem de conteúdos que violem a lei e/ ou direitos de terceiros. Comentários postados que não respeitem os critérios serão excluídos sem prévio aviso.
Postar um comentário