A notícia de que o apresentador de TV Fausto Silva, o Faustão, está internado
por conta de um quadro de insuficiência cardíaca e vai precisar de um
transplante do coração chamou a atenção para a necessidade de cuidados
permanentes com o coração. Afinal, o que é a insuficiência cardíaca e quem pode
desenvolvê-la
O
médico cardiologista e preceptor do IDOMED, Vilmar Queiroz de Menezes, explica
que a insuficiência cardíaca ocorre quando o coração, que é um músculo,
enfraquece e se torna incapaz de bombear sangue para os tecidos do corpo.
“Na
cardiologia, o maior marcador de prognóstico que temos é o grau de
enfraquecimento do coração. Quanto mais grave for a insuficiência cardíaca,
maior o risco de morte. A pessoa, por exemplo, tem um risco maior de ter uma
arritmia e uma morte súbita”, explica o médico.
Menezes
explica que toda situação que possa causar uma lesão no músculo cardíaco é
considerada uma causa da insuficiência cardíaca. Entre os exemplos citados,
estão: o infarto, que pode deixar uma sequela em determinada região do coração;
uma hipertensão arterial, que leva ao bombeamento de sangue com pressão elevada
e, com o tempo, isso leva a mudanças estruturais do músculo cardíaco; e até
mesmo doenças nas válvulas do coração
“O
próprio envelhecimento também pode sobrecarregar o coração, bem como a doença
de Chagas, em que o parasita se instala no tecido do coração e causa uma
lesão”, assegura o médico cardiologista.
Apesar da revolução que houve no tratamento da insuficiência cardíaca nas últimas décadas, como classifica o preceptor do IDOMED, em alguns casos, nem mesmo os medicamentos são suficientes para estabilizar a doença ou até mesmo fazê-la regredir.
Quando os pacientes já tomam as doses máximas dos medicamentos e a doença
avança a ponto de não terem mais qualidade de vida, como sentir falta de ar a
cada mínimo esforço, o transplante de coração passa a ser indicado.
“A dificuldade para fazer um transplante é enorme. Estamos falando de um procedimento que é realizado apenas em grandes centros. Quando tem um órgão disponível, o paciente receptor tem que estar lá, imediatamente. Ou seja, se a pessoa mora no interior do Brasil, ela precisa se estabelecer em um grande centro, isso tem um custo grande, e o paciente, quando está na fila do transplante, já está bastante debilitado. Além disso, a espera pode durar anos”, exemplifica o médico Vilmar Menezes.
Para evitar todo o transtorno que a insuficiência cardíaca pode causar, o
cardiologista é categórico: “é preciso cuidar do coração, zelar com amor e
carinho, ter um estilo de vida saudável, controlar fatores de risco para que
ele não sofra lesões, enfraqueça e deixe de bombear o sangue”.
Texto e foto: Assessoria Edusaude
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