Nomeado por Lula para o Fórum Brasileiro do Clima vira réu e deve deixar cargo

Fotomontagem TM

A Justiça Federal em Pernambuco recebeu uma denúncia do MPF (Ministério Público Federal) contra 10 pessoas supostamente envolvidas no desvio de R$ 6,03 milhões do Sistema S. Dentre os réus estão o ex-secretário de Meio Ambiente do Estado e novo coordenador-executivo do FBMC (Fórum Brasileiro de Mudança do Clima), Sérgio Xavier, nomeado para o cargo pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 5 de julho. As informações são do Poder 360.

 

De acordo com o MPF, o valor foi liberado para o Sesi-PE em 2014 e 2017, “sem que fossem realizados avaliação financeira, pesquisa de mercado ou acompanhamento da execução financeiro-orçamentária do projeto”. A denúncia afirma que o dinheiro teria sido desviado por meio de “empresas de fachada”.


De acordo com as apurações, as irregularidades foram feitas em seleções e contratos para o Relix Pernambuco, que promove ações de arte, educação e tecnologia para a sustentabilidade.


Além de Xavier, a ação judicial tem outros 9 réus, todos acusados de “furto qualificado”. São eles:


ð   o diretor Regional do Sesi-PE, Ricardo Essinger;


ð o superintendente do Departamento Nacional do Sesi-PE à época, Ernane de Aguiar Gomes;


ð diretor do Instituto Origami, Hebron Costa Cruz de Oliveira;


ð o diretor do Instituto Origami, Romero Neves Silveira Souza Filho;


ð o sócio da Aliança Comunicação e Cultura, Luiz Otávio Gomes Vieira da Silva;


ð a sócia da Aliança Comunicação e Cultura, Lina Rosa Gomes Vieira da Silva;


ð o sócio da Alto Impacto Entretenimento, Luiz Antônio Gomes Vieira da Silva;


ð o sócio da Idea locação de Estruturas e Iluminação, Júlio Ricardo Rodrigues Neves; e


ð o então superintendente do Departamento Nacional do Sesi-PE, Nilo Augusto Câmara Simões.


Na ação, o MPF pede que seja decretada a perda do cargo ou função pública que os denunciados eventualmente estejam ocupando no momento, a perda de bens incompatíveis com seus rendimentos lícitos e uma indenização com valor mínimo igual ao montante furtado como reparação ao erário.


A denúncia foi apresentada em 2019, em decorrência da Operação Fantoche. As investigações foram iniciadas a partir de relatórios do TCU (Tribunal de Contas da União) e da CGU (Controladoria Geral da União), que apontavam possíveis fraudes em licitações e contratos.


STJ (Superior Tribunal de Justiça) havia trancado 4 denúncias oferecidas pelo MPF atendendo a pedidos de habeas corpus feitos pela defesa dos acusados. A denúncia recebida pela Justiça Federal em Pernambuco trata dos mesmos fatos, mas foi reapresentada com uma tipificação legal –furto qualificado– depois de decisão favorável do STJ.

 


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