O
deputado federal Arnaldo Jardim (Cidadania-SP) afirmou que uma das saídas
negociadas para barrar a criação do imposto estadual sobre bens primários
— previsto no texto da reforma tributária — é
permitir que apenas os estados que têm um tributo semelhante atualmente possam
mantê-lo. Segundo o vice-presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária
(FPA), os demais entes ficariam proibidos de instituir novo tributo.
O
parlamentar disse que a FPA é contra o dispositivo e que conversa com o relator
da reforma no Senado, o senador Eduardo Braga (MDB-AM), para evitar a taxação.
Ele está confiante na construção de um acordo.
"O
acordo seria: onde já existe esse imposto, essa cobrança seria mantida. Ficaria
muito preciso e estabelecido que nenhuma modificação de percentual deve ser
feita e, por outro lado, totalmente vedada a instituição em outros estados.
Creio que poderemos evoluir para este ponto", detalhou.
O
artigo 19 do texto aprovado na Câmara dá aos estados poder de criar uma
contribuição sobre bens primários e semielaborados, o que afetaria produtos da
agropecuária, como soja e milho, além de outros setores, como mineração e
petróleo.
Alvo
de críticas do setor produtivo, a cobrança foi incluída de última hora na
reforma como uma maneira de substituir tributos semelhantes que alguns estados
criaram como condição para dar incentivos fiscais e, assim, atrair
empresas.
É
o caso do estado de Goiás, por exemplo, onde o governo criou o Fundo Estadual
de Infraestrutura (Fundeinfra). O Executivo local cobra entre 0,5% e 1,65% sobre
produtos agrícolas e minerais com o objetivo de aplicar recursos na conservação
de rodovias estaduais e obras para melhorar o escoamento da produção do
agronegócio, segundo o governo estadual.
Fonte: Brasil 61
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