Plenário da Câmara dos Deputados - Zeca Ribeiro / Câmara dos Deputados
Organizações que atuam em defesa dos(as) trabalhadores(as) da educação estão articulando ações para barrar o Projeto de Lei 1735/19, que regulamenta o exercício da profissão de Pedagogo(a) em todo território nacional. A proposta é vista como uma grave ameaça a direitos históricos conquistados.
Em
nota divulgada nesta sexta-feira (1º), a coordenadora do Departamento de
Pedagogas da APP-Sindicato, Aline Chalus Vernick Carissimi, alerta que o
projeto poderá gerar diversos impasses, como isolamento de carreira e novas
atribuições, além de prejuízos quanto a jornada e piso salarial.
A
dirigente ressalta que APP, Confederação Nacional dos Trabalhadores da Educação
(CNTE) e associações acadêmicas voltadas à formação de professores(as) e
pesquisas em educação defendem a unidade da luta e do exercício profissional de
todos(as) os(as) profissionais da educação.
“Esta
unidade garante aos pedagogos da carreira do magistério conquistas importantes
e direitos históricos previstos no plano de carreira do magistério público do
Paraná e de municípios, tais como: piso salarial, aposentadoria especial e
jornada de trabalho,” destaca a nota.
Pelo
texto em discussão no parlamento, o projeto dispõe ainda sobre a criação de
conselhos Federal e Regionais de Pedagogia. Para a secretária executiva
Educacional da APP, Margleyse Adriana dos Santos, esse é mais um ponto
problemático, pois fragilizaria a representação do segmento, que atualmente é
mediada pelos sindicatos de defesa do magistério.
“Aqui
no Paraná, nós fazemos parte do plano de carreira dos professores e
professoras. Tivemos muitas lutas para garantir esse direito. Então, não
podemos deixar que essa tentativa de regulamentação em nível nacional tire os
poucos direitos que ainda temos”, pontua Margleyse.
Para
impedir a aprovação do projeto, a dirigente relata que estão sendo encaminhadas
várias frentes de trabalho e conversas com os(as) pedagogos(as), universidades
e sindicatos. “Juntas e juntos vamos vencer mais essa luta em defesa das
pedagogas e pedagogos e do conjunto das trabalhadoras da educação”, afirma.
Tramitação
De
autoria do deputado Mauro Nazif (PSB/RO), o Projeto de Lei 1735/19 tem a mesma
redação do Projeto de Lei 6.847/2017, que foi apresentado pelo ex-deputado
Antonio Goulart dos Reis (PSD-SP) e arquivado em janeiro de 2019 por motivo de
término de legislatura.
A
versão em tramitação foi designada às comissões de Educação, de Trabalho, de
Administração e Serviço Público e de Constituição e Justiça e de Cidadania.
Sujeita à apreciação conclusiva pelas comissões, pode ser aprovada ou rejeitada
sem a necessidade de votação no plenário da Câmara.
Conforme
as informações disponíveis no portal da Câmara Federal, até o momento não houve
definição de relator. A última movimentação registrada na Comissão de Educação
foi em maio deste ano, quando terminou o prazo para apresentação de emendas ao
projeto.
Confira
abaixo a íntegra da nota do Departamento de Pedagogas da APP-Sindicato.
NOTA
sobre o PL da Regulamentação da Profissão do/a Pedagogo/a
Tramita
no congresso nacional o PL (Projeto de Lei) nº 1735/19 que regulamenta o
exercício da profissão do/a pedagogo/a.
Na
próxima segunda-feira a câmara federal realizará uma audiência pública para
debater o tema.
A
CNTE estará presente para representar os interesses do magistério público da
educação básica lócus de exercício das/os pedagogas/os escolares.
A defesa da APP-Sindicato é pela unidade de exercício, assim como de formação, dos pedagogos, no que concerne à docência e ao desempenho da profissão.
Esta unidade garante aos pedagogos da carreira do magistério conquistas importantes e direitos históricos previstos no plano de carreira do magistério público do Paraná e de municípios, tais como: piso salarial, aposentadoria especial e jornada de trabalho.
A regulamentação do exercício da profissão poderá gerar um impasse prejudicial às pedagogas do Paraná, como isolamento de carreira e novas atribuições, direitos, deveres, impedimentos, bem como sobre a jornada e o piso salarial do profissional de Pedagogia.
Hoje
incorporada ao magistério a profissão das pedagogas e pedagogos é mediada pelos
sindicatos que atuam na defesa do magistério.
Neste
contexto a APP SINDICATO está comprometida em juntamente com a CNTE e demais
associações acadêmicas voltadas à formação de professores e pesquisas em
educação a atuar firmemente na defesa da unicidade entre trabalho docente e
pedagógico no exercício da pedagogia em detrimento da velha prática que
dicotomizava a formação para a docência e a formação para supervisão, orientação
e administração escolar.
Magistério unido e forte, para barrar qualquer retirada de direitos às professoras pedagogas do Paraná. Nenhum direito a menos!
Coordenadora
do Departamento de Pedagogas da APP-Sindicato
Para
ler a matéria na íntegra acesse nosso link na página principal do Instagram.
www: professsortaciano medrado.com e Ajude a aumentar a
nossa comunidade.
AVISO: Os comentários são de responsabilidade dos autores e não representam a opinião do Blog do professor Taciano Medrado. Qualquer reclamação ou reparação é de inteira responsabilidade do comentador. É vetada a postagem de conteúdos que violem a lei e/ ou direitos de terceiros. Comentários postados que não respeitem os critérios serão excluídos sem prévio aviso. Guarda Municipal de Juazeiro participa de palestra sobre a Lei Maria da Penha e combate à violência doméstica.
Postar um comentário