Queda nas exportações baianas é motivada pelo recuo no embarque de derivados de petróleo

Diminuição nas exportações baianas foi impulsionada pela queda nos embarques de derivados de petróleo. Em agosto, as vendas externas da Bahia totalizaram US$ 736,8 milhões, refletindo uma redução de 39% em comparação ao mesmo período do ano anterior.


O coordenador de Comércio Exterior da superintendência de estudos econômicos e sociais da Bahia (SEI) , Arthur Cruz, avalia que o setor de derivados do petróleo surfou na alta de preços no mercado mundial em 2022, devido à guerra da Ucrânia e aos efeitos da pandemia.


“Então esse ano a gente está tendo uma baixa atividade nessa área, ou seja, as exportações do setor vêm tendo uma redução significativa por conta da redução dos preços desse produto em relação ao ano passado”, explica.


De acordo com a SEI, os embarques de derivados de petróleo, que lideraram as exportações baianas em 2022, sofreram uma queda expressiva de 97,4% no mês passado e de 21,4% no acumulado do ano. Em 2023, os preços médios desse setor diminuíram 30,7% em relação ao ano anterior. 


O especialista comenta que as exportações de modo geral movem e dinamizam a atividade econômica, geram empregos, impactam na renda, elevam o padrão de vida de todos os envolvidos na atividade —  mas principalmente geram uma oportunidade de negócio para as empresas e incentivam a modernização e a inovação.


“Então você tem que investir em inovação e em produtividade, além de um modo geral promoverem a manutenção da qualificação de recursos humanos e evolução da atividade econômica, como modo geral, porque o comércio exterior faz parte da atividade econômica e o seu bom andamento, o seu bom funcionamento gera riqueza e renda atividade para a atividade econômica”, ressalta.


Em agosto, o estado registrou queda de 38,9% no volume de suas exportações. No acumulado do ano, a redução é de 10,7%, impactada principalmente pela diminuição nos embarques de produtos como derivados de petróleo (21,4%), complexo soja (8,3%), celulose (1,7%) e produtos petroquímicos (12,2%).


Arthur Cruz acredita que, no segundo semestre, as exportações continuarão apresentando uma queda significativa nos preços em comparação com o ano anterior. Ele atribui essa tendência ao encerramento do período sazonal de embargos à soja e aos grãos em geral, que ocorre majoritariamente no primeiro semestre.
 



Fonte: Brasil 61


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