O índice de ocupação profissional dos alunos com formação técnica do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) é de 84,4%. É o que indicam os resultados da Pesquisa de Acompanhamento de Egressos do Senai 2021-2023. Isso significa que 8 a cada 10 ex-alunos do ensino técnico de nível médio da entidade estão empregados em até um ano após a conclusão do curso. O número também é 76,3% maior em relação ao índice registrado no estudo de 2020-2022.
De
acordo com o superintendente de Educação Profissional e Superior do Senai,
Felipe Morgado, a pesquisa de “Acompanhamento de Egressos” tem como
objetivo coletar informações sobre a atuação dos profissionais formados pela
entidade no mercado de trabalho, para aprimorar a formação e oferecer cursos mais
alinhados com as demandas do mercado.
“O
Senai elabora os seus currículos, os seus perfis profissionais de acordo com a
necessidade do setor produtivo e de acordo com as tecnologias que serão
utilizadas nas empresas nos próximos anos. Isso faz com que o Senai tenha uma
oferta alinhada à necessidade da indústria, além da capacidade que o Senai tem
de ajudar os profissionais a terem atividades práticas. Isso faz com que eles
consigam se destacar no mercado de trabalho”, pontua.
Segundo
o levantamento, a maior demanda na indústria é de setores transversais — que
permitem ao profissional atuar em diferentes áreas — como os técnicos de
mecânica (96,5%), alimentos (95,2%), refrigeração e climatização (94,5%) e
automação industrial (93,2%).
Entre
os profissionais dos cursos de graduação tecnológica do Senai, a taxa de
ocupação é ainda maior: 90,8% estão empregados. Já nos cursos de aprendizagem
industrial e cursos de qualificação profissional, 74,6% e 72% deles estão
ocupados, respectivamente.
De
acordo com Morgado, é necessário cada vez mais investir na educação
profissional.
“A
educação profissional no mundo inteiro está crescendo e no Brasil não é
diferente. Então as empresas estão buscando profissionais qualificados para
atender a sua necessidade e isso é uma oportunidade, principalmente para o
jovem que está estudando no ensino médio já começar a fazer a sua formação
e, ao concluir o ensino médio junto com o curso técnico, ele já tem
oportunidade de começar a trabalhar”, ressalta.
O
superintendente de Educação Profissional e Superior do Senai ainda destaca
que a qualificação faz toda diferença para quem busca uma vaga no mercado de
trabalho.
“A
educação profissional transforma a vida dos jovens. Ela amplia a oportunidade
de conseguirem trabalho, conseguirem realizar um sonho e, principalmente de ter
um incremento na sua renda. Então, eu queria destacar isso: o incremento da
renda e a possibilidade de os jovens conseguirem logo uma oportunidade no
mercado de trabalho. São cursos de até dois anos e rapidamente eles se
destacam no mercado”, completa.
Aluno
do curso técnico de mecânica de máquinas pesadas, com ênfase em máquinas
agrícolas na Fatec Senai Mato Grosso, Noel Júnior atualmente trabalha como
técnico mecânico trainee na empresa Iguaçu Máquinas John Deere.
“O
curso no Senai abriu muitas portas para mim. Inclusive foi através de lá que eu
consegui uma boa referência para entrar na empresa Iguaçu Máquinas, e a minha
perspectiva de vida mudou bastante também. Ele contribuiu muito na minha vida
por causa do conhecimento em máquinas agrícolas que eu não tinha antes de
iniciar esse curso. Desde elementos mecânicos até elementos de tecnologia e
precisão”, diz.
Conforme
o levantamento do Senai, 91,7% das empresas preferem contratar profissionais formados
pela instituição, enquanto 99,4% dos ex-alunos afirmam que indicariam os cursos
da entidade a outras pessoas.
Mercado
de trabalho
O
Brasil vai precisar capacitar mais de 497 mil profissionais até 2025 para atuar
nas oportunidades de base industrial, sendo 272 mil no nível de qualificação,
136 mil vagas no ensino técnico e 90 mil no nível superior. As áreas com maior
demanda por formação são: transversais, metalmecânica, construção, logística e
transporte e alimentos e bebidas. A análise foi feita pelo Observatório
Nacional da Indústria, com base no Mapa de Trabalho Industrial 2022-2025.
Para
a deputada federal Laura Carneiro (PSD-RJ), a educação profissional é
imprescindível para um país mais competitivo, com mão de obra qualificada e com
a indústria produzindo cada vez mais e melhor.
“Para
o desenvolvimento de qualquer país é absolutamente
necessária a educação profissional e tecnológica, no mundo que a
gente vive hoje. Se você não prepara os estudantes com habilidades específicas,
com conhecimentos técnicos, dificilmente você amplia a possibilidade do mercado
de trabalho, de ele acessar o mercado de trabalho, acessar renda. E se
você não tem isso, não tem crescimento econômico; você não tem
competitividade, você não atende as demandas do mercado”, afirma.
Fonte:
Brasil 61
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