Saiba
como acompanhar o fenômeno astronômico no sábado (14); especialista enumera
riscos para a visão e orienta sobre forma segura de observação
No
dia 14 de outubro, um eclipse solar anular – quando a lua passa entre a Terra e
o Sol – deixará um círculo de luz no céu para ser admirado por alguns minutos.
O fenômeno poderá ser visto por todo Brasil, entretanto, observar o eclipse sem
a proteção adequada pode trazer prejuízos para a saúde da visão, alerta o
oftalmologista Breno Leão.
“Devido
às radiações solares no espectro ultravioleta, há alguns problemas que podemos
desenvolver ao observar diretamente o sol, dentre elas ressecamento ocular
agudo, ceratopatia ultravioleta e queimaduras solares perioculares. Em casos
mais graves, e muitas vezes irreversíveis, apresentar retinopatia solar com
lesão diretamente na retina dos fotorreceptores que resultará em
comprometimento visual”, detalha o profissional, que é docente de medicina no
Instituto de Educação Médica (IDOMED).
Diante
desse perigo, as formas corretas de admirar o eclipse são através de
telescópios solares especiais, câmeras e filtros solares. “Mas para aqueles que
não possuem tais instrumentos, podemos fazer a visualização direta por meio do
uso da máscara de soldador com vidro nº 14 ou numeração superior (quanto maior
o número, mais escuro o filtro e mais seguro para observar); filtro de
poliéster aluminizado que é translúcido ou óculos com filtro solar de
poliéster, que não devem ser confundidos com óculos comuns de proteção solar”,
orienta o especialista.
Assistir
ao eclipse de forma indireta também pode ser uma alternativa. O Observatório
Nacional, unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação
(ON/MCTI), transmitirá ao vivo o eclipse anular do Sol. O evento poderá ser
assistido através do YouTube. Clique
aqui para assistir. “Outra forma indireta de observar é utilizando o
princípio da câmara escura com o tutorial de montagem disponível facilmente na
internet”, indica Breno Leão.
Cuidados
importantes
Muitas
pessoas fazem o uso de filmes de radiografias, filmes fotográficos antigos
(negativo), câmeras de celulares comuns ou mesmo a observação direta para o sol
usando bonés, chapéus ou mesmo a mão como anteparo. Contudo, as práticas são
contraindicadas, pois dessa forma estão apenas tapando a luminosidade excessiva
do sol, mas não possuem a proteção contra a radiação, que é justamente a parte
nociva da exposição à luz solar.
“Por
fim, vale ressaltar que mesmo com os aparatos corretos, não devemos observar de
forma contínua o sol, e sim fazer intervalos de 30 segundos de observação do
fenômeno com 2 a 4 minutos de descanso ocular. Apesar de lindo e raro, os
eclipses são fenômenos passageiros que podem trazer danos permanentes à visão,
então não vale a pena prejudicar sua visão por alguns minutos de fenômeno
observado”, destaca o oftalmologista.
Sobre
o IDOMED
O IDOMED é um grupo que reúne 17 escolas médicas e consolida a tradição de mais de 25 anos de experiência nesse segmento. Está presente em todas as regiões do país, com mais de 7,5 mil alunos e foco em excelência no ensino, aprendizado prático, tecnologia aplicada, desenvolvimento docente e conexão com a carreira médica. O grupo oferece programas de graduação, pós-graduação, especialização e cursos de aperfeiçoamento e atualização, e está entre os líderes na incorporação de tecnologia educacional voltada à formação em Medicina.
Texto e foto: Ascom/Edusaúde
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