O
clima ‘virou’ no início de novembro em diferentes regiões da Bahia, que
passaram a constar nas áreas de Alerta Amarelo e Laranja do Instituto Nacional
de Meteorologia (Inmet) para possibilidade de chuvas com volumes entre 30 a 100
mm por dia.
A
mudança foi drástica e agradou a população, considerando que as regiões Norte,
Oeste, Chapada Diamantina e parte do Sudoeste estiveram por vários dias no mês
de outubro com Alerta do Inmet de muito calor e baixa umidade do ar, exigindo
cuidados especiais com a saúde e atenção com o meio ambiente por causa dos
incêndios florestais.
Ontem,
a frente fria que provocou a chuvarada começou a perder força no estado,
permanecendo com pancadas fracas a moderadas entre o Centro Sul e o
Oeste, com precipitações mais concentradas em lugares esparsos. Entre
sexta-feira, 03, e ontem, Mucugê, na região central, teve o maior índice
pluviométrico do estado, somando 131,2 milímetros(mm).
Região
Norte
Ainda
de acordo com o Departamento de Meteorologia do Instituto de Meio Ambiente e
Recursos Hídricos da Bahia (Inema), Juazeiro, na região Norte somou 120 mm e
Cocos (Oeste) 109 mm no período.
Para
hoje, o Baixo Sul e o Recôncavo, abrangendo Salvador e RMS, ainda tem chances
de pancadas. No centro sul e Oeste terá redução na intensidade e na frequência
das chuvas.
De
acordo com o meteorologista do Inema, Mauro Bernasconi, o Sistema Frontal, mais
conhecido como frente fria estava ontem na altura do litoral Sul da Bahia, em
deslocamento para o oceano, o que está provocando o enfraquecimento das
chuvas.
A
previsão é que esse sistema estará em vigor até o dia 09 de novembro. Ele
pontuou que este ano as chuvas estão atrasadas em diversas regiões do estado,
notadamente onde tem ocorrência do clima semiárido, em relação ao período
‘normal’, quando as chuvas tem início em outubro.
“Os
meses de novembro, dezembro, janeiro e fevereiro tem historicamente os maiores
volumes de chuvas”, afirmou Bernascone, acrescentando que a expectativa é
que a partir de agora as chuvas compensem o atraso. No entanto, a ocorrência do
fenômeno climático conhecido como El Niño, que está vigorando este ano, indica
que as chuvas serão mais fracas no Norte e Nordeste do Brasil, com volumes
acima da média nas regiões Sul e Sudeste.
Conforme
o meteorologista, nas últimas duas temporadas de chuva estava em vigor o
fenômeno La Niña. Com influência oposta ao El Niño, motivou chuvas intensas que
abasteceram os aquíferos e reservatórios construídos no interior da Bahia. Uma
nota da Marinha do Brasil tinha alertado navegantes e moradores litorâneos para
a passagem da frente fria no final de semana com indicação dos ventos de até 74
km/h entre o litoral do Rio de Janeiro até Salvador. O fenômeno alcançou a
Bahia com menor intensidade, em relação ao litoral fluminense onde a ressaca
deixou uma pessoa desaparecida e prejuízos materiais.
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