Imagem: actionsports, via Depositphotos
O
Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola (Sindag) manifestou ontem,
6 de novembro, através de uma nota oficial, o seu repúdio à narrativa
apresentada em questões das provas do primeiro dia do Exame Nacional do Ensino
Médio (ENEM) realizado no domingo, 5 de novembro, pelo Ministério da Educação.
Como
reportado pelo g1, a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) também divulgou
nota na qual pede ao governo federal explicações sobre questões do primeiro dia
de prova.
Uma
delas abordou fatores negativos do agronegócio no Cerrado, mencionando,
por exemplo, a “superexploração dos trabalhadores” e as “chuvas de veneno” (uma
referência ao uso de agrotóxicos), enquanto outra teve como mote o avanço
da cultura da soja e o desmatamento na Amazônia.
A
Nota de Repúdio do Sindag
“Consideramos,
no mínimo, um perigoso desserviço à nação a apresentação nas provas de
questões direcionando foco unilateral em críticas sobre um tema tão complexo
como a atividade agropecuária no País.
Ainda
mais elegendo claramente uma corrente ideológica (a partir de um artigo baseado
em pensadores socialistas e comunistas) e em questões de múltipla escolha com
alternativas que não permitem a discordância ou complemento de ideias. Em
última instância, politizando a escolha de quem pode ingressar nas vagas
universitárias no País.
Tal
atitude, além de uma verdadeira injustiça social, causa espanto ao pretender
relegar à academia brasileira o status de legitimadora de um discurso contra o
agronegócio, sem considerar a importância deste segmento na geração de riqueza
que acaba ajudando a sustentar as próprias políticas sociais do País em campos
como Educação, Saúde e Segurança, além de contribuir para a segurança alimentar
e proporcionar alimentos mais baratos.
Lembrando
que é ponto pacífico que a produtividade no campo passa por princípios como a
biodiversidade (que ajuda na própria produção agrícola), conservação de
reservas naturais que regulam o clima e contribuem com as lavouras, bem como
tecnologias (como a aviação agrícola) que contribuem com a redução da
necessidade de insumos nas lavouras.
É
justamente pelo alto risco (à produção e ao próprio meio ambiente) de se
ignorar a complexidade deste tema que o Sindag tem historicamente pautado seu
trabalho pela lógica do diálogo entre todas as esferas sociais e políticas, bem
como pela aproximação com a sociedade e o entendimento entre pequenos e grandes
produtores, assim como tem trabalhado arduamente contra ataques ao setor
produtivo baseados em estereótipos e pela desconstrução de discursos baseados
unicamente em correntes políticas.
Disposição
ao diálogo que tem sido testemunhada tanto por entidades sociais e siglas
partidárias (de todas as correntes ideológicas), quanto pela própria imprensa
através de ações proativas – que abrangem levar informações sobre as rotinas em
campo, tecnologias de segurança e legislação e controle do setor, bem como
ouvir e discutir soluções onde quer que sejam necessárias.
É
essa busca de entendimento nosso valor mais precioso, do mesmo modo que
acreditamos ser a pluralidade de ideias ferramenta imprescindível para a
construção do conhecimento e de respostas para todos os segmentos da
sociedade.”
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