Por: Taciano Medrado
Depois
da suspeita de que teria recebido uma ligação do ministro Gilmar Mendes pedindo
para que votasse contra a PEC do STF, o presidente nacional do Partido Liberal,
o ex-deputado federal paulista Valdemar Costa Neto, afirmou de que esteve
com o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, na 2ª feira (20.nov.2023)
por volta de 18h30 para tratar exclusivamente da multa de R$ 22,9 milhões que
a Justiça Eleitoral aplicou ao PL em 2022.
Segundo
havia apurado o Poder360, na 5ª feira (23.nov.2023), Gilmar teria pedido a Valdemar uma ajuda para
convencer senadores do PL a não darem apoio à chamada PEC do STF, que limita os
poderes dos magistrados para tomar decisões monocráticas (individuais).
Senadores relataram ter conversado sobre o assunto com Valdemar, mas o
dirigente do PL nega ter feito esse tipo de abordagem.
A
PEC do STF acabou sendo aprovada pelo Senado na 4ª feira (22.nov.2023) à noite
com 52 votos a favor e apenas 18 contrários. No caso do PL, dos 12
senadores do partido, só o senador e ex-jogador de futebol Romário votou
contra a proposta.
Conforme
declarou Valdemar Costa Neto, o PL estaria protocolando um pedido ao TSE [Tribunal
Superior Eleitoral, pois quando eles deram essa multa de R$ 22,9 milhões,
haviam sequestrado R$ 10 milhões de uma conta de recursos próprios do partido. Dinheiro
que, segundo Costa Neto, não era dinheiro público, mas sim tudo que o partido havia
economizado na eleição e que teria outras finalidades.
Ainda
declarou o presidente do PL que por não ter diálogo com o ministro Alexandre de Moraes e por
manter um bom relacionamento com ministro Gilmar Mendes,
foi pedir para ele ajudar nosso partido. O documento foi protocolado agora de
manhã dessa sexta-feira (24/11). O pedido é para passar o montante, do fundo
partidário para a conta de recursos próprios. Finalizou Valdemar.
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