A matemática não é uma vilã, péssimos professores sim!

 


(*) Taciano Medrado


O resultado do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes - PÌSA de 2022 deixou claro que o Brasil ainda tem muito o que fazer para melhorar a qualidade de sua educação, principalmente no que diz respeito as ciências exatas - especificamente a matemática o grande vilão da maioria dos estudantes. 70% dos  brasileiros de 15 anos não sabem resolver questões simples de matemática, como converter moedas ou comparar distâncias. Por exemplo: Se um dólar custa R$ 4,95 quanto custará 2 dólares? Quanto equivale 1 quilometro em metros?


Mas afinal o que faz a matemática ser considerada o "bicho papão' entre os estudantes?


Como professor dessa ciência há mais de 35 anos tenho percebido que o grande dilema que resulta nessa triste estatística se deve na maior parte a metodologias de ensino arcaica usadas por muito tempo por professores que utilizavam e cobravam dos alunos a chamada "decoreba"  e deduções desnecessárias de  fórmulas. Professores com péssimas formações na área. 


Sempre que eu perguntava em sala o por quê de tanta refeição á disciplina de matemática quase que 100% jogavam a culpa para os seus antigos professores e suas terríveis metodologias que não ensinavam nada e faziam os alunos acreditarem que os conteúdos ensinados ‘não serviam  para nada’. Não havia quaisquer estímulo que fizessem eles se dedicarem á busca pela percepção da aplicabilidade na prática ou no dia a dia.


Penso que reverter esse quadro secular é bastante árduo, mas não impossível. Primeiro é preciso vincular a transmissão dos conteúdos matemáticos á realidade e incrementar a "matemática aplicada".  Não dá mais para empurrar goela a abaixo nos alunos uma equação de 1º grau, se o mesmo  sequer sabe a diferença entre uma equação ou uma expressão matemática. Tão pouco exigir que o aluno decore a formula de Bhaskara na resolução de uma  equação do segundo grau, sem fazer o aluno compreender o significado, pelo menos do Delta. È como se escrevesse em russo e pedisse pra que os alunos entendessem sem conhecer a língua. 


Certa feita eu ministrava uma aula de matemática, cujo conteúdo se chamava exponencial e logaritmo e um aluno me perguntou para que isso iria servir pra ele no futuro. Devolvi a pergunta com outra. Disse-lhe: Você ou seus pais já  pagaram  uma conta em atraso? Ele respondeu que sim! e dai eu perguntei:  e pagou o mesmo valor que estava na fatura? ou com acréscimo? ele falou om acréscimo. Eu então lhe disse que esse acréscimo se chamava JUROS e pera determinar esse valor fazia necessário o conhecimento da Exponencial e do logaritmo, mesmo existindo maquinas que fariam os cálculos mais rapidamente.


Na verdade a matemática foi "pintada" erroneamente como o grande terror dos estudantes, pelo fato de exigir que eles saiam da "inercia cerebral"  e façam a engrenagem do pensar funcionar, e eliminem a  preguiça mental . 


Se você parar para analisar, tudo que lhe rodeia tem um dedinho de matemática, asa cores, as formas dos objetos, os segundos, minutos e as horas marcados pelos ponteiros de um relógio, o conjunto de uma roupa que você escolhe para vestir e etc. etc. etc....


(*) Professor 


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