Por: Taciano Medrado
Segundo Poder 360, internautas têm reclamado da nova plataforma do governo federal “Celular Seguro”, que tem o objetivo de bloquear imediatamente o acesso de aparelhos roubados. De acordo com críticas dos usuários na App Store, a plataforma funciona, mas não permite o desbloqueio dos celulares.
Lançado em 19 de dezembro, o aplicativo torna os
dispositivos inutilizáveis depois do registro de ocorrência de roubo, furto ou
perda. Usando outro dispositivo ou o site do programa, o usuário poderá
bloquear a linha telefônica do aparelho, bem como o acesso a contas de bancos e
outros serviços.
No entanto, alguns usuários tentaram bloquear seus aparelhos para testar o aplicativo. Os comentários na App Store –serviço da Apple que permite o download de aplicativos– mostram que nem a Polícia e nem a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) têm informações sobre como reverter os bloqueios.
Leia
abaixo comentários dos internautas sobre o uso da plataforma:
Até
esta 6ª feira (29.dez.2023) o “Celular Seguro” na App Store tinha uma nota de
3,4 estrelas, com 206 classificações.
Além das reclamações de usuários que não estariam conseguindo reverter os bloqueios, internautas também criticaram a dificuldade em acessar ou fazer o login na plataforma. Leia abaixo:
De acordo com o site Tecnoblog, o ministro da Justiça interino, Ricardo Cappelli, teria falado sobre a dificuldade de desbloquear os aparelhos celulares: “Não é pra testar! Você fez o seguro do carro… vai bater no poste? Vai ficar ligando para o 190 para dizer que foi roubado, depois que não foi roubado?”.
O Poder360 procurou
o Ministério da Justiça para informar em que ocasião Cappelli teria feito a
declaração, mas não obteve resposta até a publicação desta reportagem. Este
jornal digital também perguntou sobre qual foi a empresa responsável por
desenvolver o app e quais foram os custos para o desenvolvimento da plataforma.
CELULAR
SEGURO
O
aplicativo é fruto de uma parceria do Ministério da Justiça e Segurança Pública
com bancos, instituições de crédito e de telefonia. Foi viabilizado com
apoio das seguintes instituições:
Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações);
Febraban
(Federação Brasileira de Bancos);
ABR
Telecom;
Caixa
Federal;
Banco
Inter;
Banco
do Brasil;
Bradesco;
Sicredi;
e
Sicoob.
Como
ainda não há um botão que possibilite o desbloqueio dos aparelhos, o
proprietário do telefone deverá entrar em contato com cada uma das empresas
para reabilitar o seu acesso.
Segundo
o ministério, outras empresas podem ser posteriormente integradas ao sistema.
Em entrevista à GloboNews, Cappelli disse que o Ministério da Justiça tem
conversado com as operadoras de telefonia e assegurou que, até 9 de fevereiro
de 2024, o aplicativo também passará a bloquear linhas telefônicas.
De
acordo com Cappelli, a expectativa do governo federal é chegar até sábado
(30.dez) com mais de 1 milhão de pessoas cadastradas na plataforma. Até 3ª
feira (26.dez), o projeto já havia ultrapassado a marca de 680 mil brasileiros
cadastrados.
Para
usar a ferramenta, basta acessar o site ou o aplicativo (Android ou Apple) e fazer o login por meio da conta gov.br. O usuário cadastra
o aparelho informando o número, marca e modelo. É possível registrar mais de um
dispositivo, desde que a linha esteja cadastrada no mesmo CPF do usuário.
Leia aqui o passo a passo de como utilizar o aplicativo.
Fonte: Poder 360
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