Diarreia:
uma doença comum, mas que pode ser muito perigosa se for negligenciada. A maior
parte dos casos acontece quando consumimos água contaminada ou alimentos
estragados. Quando associada a alguma bactéria ou vírus, a disenteria — como
também é conhecida — pode causar infecções gastrointestinais e até evoluir para
doenças mais graves.
Uma
das ações do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) na região
amazônica, é a prevenção de doenças evitáveis, como a diarreia. O apoio às
famílias vulneráveis tem sido prioridade, sobretudo a quem não tem acesso
à água potável.
Com
o apoio de entidades da sociedade civil, o UNICEF também ajuda na compra e
distribuição de itens básicos. Lídia Pantoja, oficial de Saúde e Nutrição do
UNICEF para o território amazônico, explica como é o apoio.
"Os
municípios que estão em situação de emergência por conta da estiagem, com
doação de água potável, filtros de água para comunidades ribeirinhas e
indígenas que sofrem com a estiagem no Amazonas. E junto com isso ajudar a
garantir o acesso comunitário à água de qualidade e evitar que essas crianças e
famílias fiquem doentes por uma questão de contaminação da água."
O
que caracteriza diarreia
Três
ou mais episódios de fezes amolecidas em um dia caracterizam um caso de
diarreia, segundo a nutricionista especialista em saúde coletiva Daíse Reis.
Ela explica que o perigo da diarreia, na verdade, é a desidratação. Daí a
importância de se usar o soro caseiro.
“Para
um litro de água potável própria para o consumo, você acrescenta duas colheres
de sopa de açúcar e uma colher de sobremesa ou de café, de sal. Vai pegar o
peso da criança e multiplicar por 30 ou 35 ml. Se estiver muito grave, 35 ml,
que é o quanto ela tem que se reidratar. Digamos que a criança pesa 10 quilos,
eu vou pegar 10 vezes 30 e vou dar 300 ml no dia.”
O
simples ato de lavar as mãos com sabão contribui para evitar a proliferação de
doenças e a contaminação dos alimentos.
"Nós
também temos atuado em algumas escolas, em alguns locais importantes como
abrigos para refugiados, oferecendo a acesso à água potável, estações de
lavagem de mãos nas escolas e abrigos, e em locais que são importantes para que
eles tenham acesso a higienização das mãos também", complementa Lídia
Pantoja.
O
que comer e o que evitar em casos de diarreia
O
soro caseiro, com adição de açúcar e sal, além de hidratar mais rapidamente a
criança, ainda equilibra os eletrólitos, que são as bombas de sódio e potássio
do corpo, reduzindo o aspecto de fraqueza da criança. Em casos de diarreia, em
qualquer idade, o indicado é retirar leite e derivados, produtos
industrializados, como biscoitos, chocolates e frituras.
Segundo
a oficial de Nutrição do Unicef, a região amazônica é muito rica e
diferenciada, por isso a orientação é que em episódios de diarreia a população
prefira os alimentos mais comuns da região.
“O
consumo de alimentos que podem oferecer maior aporte de energia para
essas crianças e que podem ajudar na recuperação do peso, principalmente
levando em consideração o que a gente tem disponível na região. Nós somos ricos
em batatas, tubérculos, e fontes alimentares que são importantes no caso de uma
perda de peso aguda e diarreia."
Para
os pequenos, que têm o hábito do mingau, o melhor é oferecer o mingau de arroz,
feito sem leite. Basta cozinhar o arroz normalmente e bater um pouco no
liquidificador para ficar mais encorpado. Já as crianças que ainda são
amamentadas, devem tomar o leite materno livremente.
Fonte: Brasil 61
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