Medida estabelece redução da alíquota patronal do INSS para 8% e gerará economia aproximada de R$1,1 bilhão
Foi
publicada nesta quinta-feira (28) a Lei nº 14.784, que prorroga até 2027 a
desoneração da folha de pagamento para 17 setores da economia e inclui a
redução da alíquota patronal do INSS paga pelas prefeituras de 22,5% para 8%. A
medida gerará a economia aproximada de R$1,1 bilhão a mais de 90% dos
municípios baianos. Capitaneada pela União dos Municípios da Bahia (UPB), a
conquista é fruto da articulação com senador Ângelo Coronel, que como relator
do projeto de lei no Senado incluiu os municípios na proposta, aprovada pelo
Congresso Nacional. Em meio a intensa mobilização dos prefeitos baianos e do
Nordeste, o parlamento também atuou para derrubar o veto presidencial ao PL
334/2023 que seguiu para a publicação que já passa a valer em janeiro de 2024.
"É
uma conquista histórica que vai devolver aos municípios a capacidade de
investir em saúde, educação e infraestrutura com recursos próprios, o que a
alíquota atual não permitia porque estava comprometendo o orçamento dos
municípios, sobretudo dos menores", comentou o presidente da UPB, prefeito
Quinho de Belo Campo. O gestor também explica que a lei trará segurança
jurídica aos prefeitos que podem ter contas rejeitadas por conta do índice
gasto com folha de pessoal. "Precisamos de profissionais para executar as
políticas públicas com qualidade e não é justo que os prefeitos paguem com seu
CPF o peso que a folha com alíquota cheia tem tido nas contas das
prefeituras", lembrou Quinho que elegeu a desoneração como principal
bandeira do seu mandato na UPB, iniciado em março deste ano.
Equilíbrio fiscal para os municípios
Os municípios pagam, atualmente, uma das contribuições previdenciárias mais
altas aplicadas a empregadores no Brasil – fixada em 22,5% sobre a folha, sendo
que não visam lucro e prestam serviços à sociedade. De acordo com a UPB esse
percentual elevado estimulou o endividamento e limitou a capacidade financeira
dos municípios. A nova lei inclui as prefeituras na concessão da desoneração,
propondo reduzir para 8% a alíquota paga pelos municípios de até 142.632 mil
habitantes, o que significa um alívio para 403 dos 417 municípios baianos.
Outro impacto dessa carga tributária é o aumento do gasto com o índice de
pessoal para manter a qualidade dos serviços públicos ofertados. Há duas
décadas, os municípios gastavam em torno de 40% ou menos de comprometimento da
receita com a folha, esse percentual hoje passa dos 60%. Um estudo
realizado pela UPB mostra que as prefeituras conseguem arcar, em média, com
7,5% de alíquota. O restante vinha sendo acumulado em uma dívida impagável.
Texto e foto: Ascom UPB
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