A
vacinação contra a gripe nos estados da região Norte será estendida até 29 de
fevereiro de 2024. Até outubro deste ano, o Brasil registrou 11.749 casos de
influenza e 1.117 mortes, sendo que a região Norte apresentou 631 casos e
88 mortes relacionadas à doença. As informações são do Ministério da Saúde.
A
prorrogação da vacina visa enfrentar o “inverno amazônico”, período com maior
circulação viral e de transmissão da gripe na região Norte, reduzindo
complicações, internações e mortalidade decorrentes das infecções pelos vírus
da influenza na região.
Conforme
o Ministério da Saúde, para a campanha foram distribuídas 7 milhões de doses da
vacina influenza trivalente e a estimativa é que 6,6 milhões de pessoas sejam
imunizadas. Até o momento, foram aplicadas 717 mil doses nos sete estados da
região Norte.
Segundo
a pasta, é “importante” retomar as altas coberturas vacinais, que diminuíram ao
longo dos anos. Em 2020, a cobertura vacinal foi de 95%, enquanto em 2021 e
2022, foram de 72% e 68%. Em contrapartida, o número de casos de Influenza
registrou aumento entre esses anos, com 7,2 mil afetados em 2021 para mais de
12 mil no ano passado.
Mais
de 80 milhões de brasileiros fazem parte do grupo prioritário e devem procurar
os serviços de saúde para receber a vacina, de acordo com a pasta. Dentre os
grupos prioritários que podem se vacinar estão:
Crianças
de 6 meses a menores de 6 anos;
Crianças
indígenas de 6 meses a menores de 9 anos;
Trabalhadores
da Saúde;
Gestantes;
Puérperas;
Professores
dos ensinos básico e superior;
Povos
indígenas;
Idosos
com 60 anos ou mais;
Pessoas
em situação de rua;
Profissionais
das forças de segurança e de salvamento;
Profissionais
das Forças Armadas;
Pessoas
com doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais
(independentemente da idade);
Pessoas
com deficiência permanente;
Caminhoneiros;
Trabalhadores
do transporte rodoviário coletivo (urbano e de longo curso);
Trabalhadores
portuários
Funcionários
do sistema de privação de liberdade;
População
privada de liberdade, além de adolescentes e jovens sob medidas socioeducativas
(entre 12 e 21 anos).
A
vacina utilizada é trivalente, ou seja, apresenta três tipos de cepas de vírus
em combinação: Influenza A (H1N1), Influenza A (H3N2) e Influenza B. A vacina
também ajuda a proteger aqueles que são mais vulneráveis às doenças graves,
como a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) por influenza.
A
fabricação da vacina envolve o uso de vírus inativados, fragmentados e
purificados — o que significa que a vacina não tem a capacidade de induzir
o desenvolvimento da doença.
Influenza
De
acordo com o Ministério da Saúde, a gripe é uma infecção aguda do sistema
respiratório provocado pelo vírus da influenza, com grande potencial de
transmissão. O vírus influenza A e B são responsáveis por epidemias sazonais,
sendo o vírus influenza A responsável pelas grandes pandemias.
Dentre
os principais sintomas da influenza estão: dor no corpo, febre, coriza, tosse,
podendo evoluir com sinusite até pneumonia. A intensidade e variação dos
sintomas podem depender do quadro clínico e da imunidade de cada pessoa.
Já
a transmissão ocorre por via respiratória, por gotícula, ou seja, pelo contato
perto de pessoas doentes, tossindo, espirrando ou por secreções. O médico
infectologista Werciley Júnior alerta sobre a importância da vacinação contra a
gripe.
“A
vacinação sempre tem que ser incentivada nesse sentido, para aumentar a adesão
das pessoas. A gente sabe que tem que aumentar principalmente a população de
risco: crianças menores que 5 anos, imunocomprometidos, pessoas que já têm
baixa imunidade e pessoas idosas. Essa é uma população que tem que receber
vacina. Então, a única maneira de prevenir, além da vacinação habitual, seria
de as pessoas fazer higiene. Quem estiver gripado, evitar frequentar
aglomerações, fazer higiene de mãos e proteção também”, diz.
O
infectologista ressalta ainda que a população deve ficar atenta aos primeiros
sinais da infecção para tomar as providências.
“A
população também tem que ficar alerta aos primeiros indícios de sintomas para
que possa usar a medicação chamada Oseltamivir, que pode fazer o bloqueio
também dos quadros graves - Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) e casos de
Síndrome Gripal (SG)”, explica.
Fonte:
Brasil 61
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