Membros
de grupo armado iraquiano após ataque a sede de milícia em Bagdá 4/1/2024
REUTERS/Ahmed Saad© Thomson Reuters
BAGDÁ/WASHINGTON
(Reuters) - As Forças Armadas dos Estados Unidos realizaram um ataque
retaliatório em Bagdá nesta quinta-feira que matou um líder de milícia a quem
responsabiliza pelos recentes ataques a militares dos EUA, afirmou uma
autoridade norte-americana à Reuters.
Fontes
policiais iraquianas e testemunhas disseram que um drone disparou pelo menos
dois foguetes no leste de Bagdá contra uma instalação usada pelo grupo
miliciano iraquiano al-Nujaba'a.
Fontes
da polícia e da milícia disseram que os foguetes atingiram um veículo dentro da
sede do Nujaba'a e mataram quatro pessoas, incluindo um comandante do grupo
local e um de seus assessores. Fontes de saúde confirmaram o número de mortos.
Os
militares dos EUA foram atacados pelo menos 100 vezes no Iraque e na Síria
desde o início da guerra entre Israel e o Hamas, em outubro, geralmente com uma
mistura de foguetes e drones de ataque unilateral.
Os
Estados Unidos têm 2.500 soldados destacados no Iraque e 900 na vizinha Síria,
em tentativa de impedir o ressurgimento de militantes do Estado Islâmico.
“As
Forças Armadas iraquianas responsabilizam as forças de coligação internacional
por este ataque injustificado a uma entidade de segurança iraquiana”, disse o
porta-voz militar do primeiro-ministro, referindo-se ao ataque de quinta-feira.
A
nota descreve o grupo de milícia como uma força iraquiana que opera com a
autorização do primeiro-ministro Mohammed Shia al-Sudani.
A
autoridade norte-americana disse que o ataque atingiu o veículo com a intenção
de matar o líder da milícia e isso foi alcançado.
Imagens
de vídeo publicadas por sites pró-milícias mostraram um veículo destruído em
chamas. A Reuters não conseguiu verificar de forma independente a autenticidade
das imagens.
Grupos
alinhados com o Irã no Iraque e na Síria opõem-se à campanha de Israel em Gaza
e responsabilizam parcialmente os Estados Unidos.
O
primeiro-ministro Al-Sudani tem controle limitado sobre algumas facções
apoiadas pelo Irã, cujo apoio precisava para conquistar o poder há um ano e que
agora formam um bloco poderoso na sua coligação governamental.
Fontes
de segurança iraquianas disseram não ter mais detalhes sobre quem poderia ter
executado o ataque enquanto se aguarda uma investigação do governo.
Os
comandantes da milícia iraquiana acusaram os Estados Unidos de realizar o
ataque e ameaçaram retaliar.
“Vamos
retaliar e fazer com que os americanos se arrependam de ter cometido esta
agressão”, disse Abu Aqeel al-Moussawi, comandante da milícia iraquiana local.
(Reportagem
da Redação de Bagdá e Jana Choukeir)
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