CASO CARLOS BOLSONARO: Desmascarando a farsa da PF. O 'achismo" no lugar da certeza


Vereador Carlos Bolsonaro - foto reprodução


(*) 
Taciano Medrado

 

É incrível como instituições de respeito e admiradas em todo o pais se deterioraram ao longo dos tempos.  Não bastasse o STF, agora é a vez da Policia Federal brasileira servir aos interesses de um ex-condenado, que por um “golpe de sorte”, orquestrado por um único ministro da Suprema Corte – Edson Fachin - lhe permitiu se tornar presidente do pais pela terceira vez, outorgando-lhe com poderes ilimitados comparáveis aos dos seus parceiros, ditadores inescrupulosos,  a exemplo de  Nicolás Maduro  da Venezuela.

O Print da mensagem

 

Seguindo o jornal Folha de São Paulo, a  conversa usada pela Polícia Federal para apontar o uso de uma estrutura paralela na Abin (Agência Brasileira de Inteligência) pelo vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) traz uma data em que Alexandre Ramagem (PL-RJ) já não era mais diretor-geral do órgão federal.


Os investigadores sustentaram o pedido de busca e apreensão contra o filho de Jair Bolsonaro (PL) na captura de tela de um diálogo pelo WhatsApp em que uma assessora de Carlos envia o nome de uma delegada da PF e a identificação do que seriam inquéritos envolvendo a família do ex-presidente.

 

O aplicativo de mensagens exibe a data de "ter., 11 de out." em uma mensagem em que Luciana Almeida, assessora de Carlos, diz estar "precisando muito de um ajuda". Em seguida, com a data "Hoje" ela envia os números dos inquéritos.

 

Não é possível saber quando é o "Hoje", mas, nos últimos sete anos, o dia 11 de outubro só caiu em uma terça-feira, em 2022. Naquele ano, nesta data, Ramagem já tinha deixado o comando da Abin havia seis meses para disputar a eleição a deputado federal.

 

No parecer em que concorda com a maioria das medidas requeridas pela PF, a PGR (Procuradoria-Geral da República) também se refere a Ramagem como "então diretor-geral da Abin". Para seu lugar, Ramagem indicou o oficial de inteligência Victor Felismino Carneiro para comandar a agência.

 

Além disso, o diálogo anterior, datado de "dom., 9 de out.", indica que a conversa teria ocorrido entre o primeiro e o segundo turnos da última eleição presidencial.

 

A decisão assinada por Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), com base no relatório policial e na manifestação da PGR, cita que a troca de mensagens mostrava pedido de ajuda ao "então diretor-geral da Abin" sobre o andamento de inquéritos "em unidades sensíveis da Polícia Federal".

 

O "achismo" da PF


Apesar de, com o divulgado até o momento, não ser possível saber o tempo decorrido entre o pedido de ajuda (11 de outubro) e a mensagem com os números de inquéritos ("hoje"), a investigação vinculou as duas coisas.

 

Investigadores da PF afirmam que a peça policial não cita Ramagem como "então diretor-geral da Abin", mas que o trata apenas como "delegado Alexandre Ramagem".

 

Eles dizem ainda que o fato de ele não estar no comando do órgão no momento da troca de mensagens em nada muda a suspeita de que ele tenha repassado informações sigilosas à família Bolsonaro


(*) Professor e redator-chefe 


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