No
espectro do autismo, algumas características específicas merecem nossa atenção
ao observar crianças. Estas incluem:
Dificuldade
em se conectar com outras pessoas, podendo incluir a resistência em manter o
contato visual;
Dificuldade
em expressar o próprios sentimentos e compreender as emoções alheias;
Dificuldade
de comunicação, a criança não fala ou possui um atraso no início da fala, que
normalmente ocorre até os dois anos;
Dificuldade
em iniciar ou manter conversas, e até compreender orientações simples;
Manifestação
de comportamentos repetitivos, como balançar a cabeça, o tronco ou as mãos;
Preferência
em andar nas pontas dos pés;
Seletividade
alimentar, come poucos alimentos sem variedade de cores, sabores ou texturas;
Apego
excessivo a objetos ou rotinas, está sempre com o mesmo brinquedo na mão ou
assiste sempre ao mesmo desenho, usa só o mesmo sapato;
Intolerância
a estímulos sensoriais, como luz intensa ou sons altos.
Lembrando
que a criança não precisa apresentar todas as características para suspeitar do
autismo, mas na presença de alguma delas, você deve ficar atento. Essas
características são mais evidentes em crianças maiores de 2 anos, pois nessa
idade as demandas sociais são menores e os sinais mais sutis.
Antes
dos dois anos de idade, os bebês possuem várias habilidades sociais e a
ausência delas é algo bastante sugestivo à presença de TEA. Aos quatro meses ou
até mesmo antes, é esperado que o bebê tenha preferência pelo rosto e voz
humana, ele tem a iniciativa de emitir sons ou movimentos, como estender os
braços e perna, a ausência desses sinais é um pouco preocupante.
Com
seis meses, o bebê deve responder com sorriso ou expressões felizes às
brincadeiras das pessoas, na maior parte das vezes. Com nove meses, o bebê
consegue imitar sons ou expressões faciais. De 12 a 14 meses, ele já gesticula
e tagarela como se conversasse. Aos 16 meses já diz palavras isoladas e aos 24
meses já forma frases com duas ou mais palavras.
Diante
de dificuldade ou ausência dessas habilidades, deve-se buscar orientação médica
para o entendimento correto do diagnóstico.
Diagnostico
O
diagnóstico é feito através de observação por um profissional treinado e
especializado. Esse profissional vai levar em conta o relato das pessoas mais
próximas e com isso avaliar a criança, procurando identificar ou descartar as
características citadas acima. Além disso, é importante entender se essas
características ocorrem desde o início da infância. Nenhum exame consegue
identificar a presença do autismo, o diagnóstico é clínico.
Causas
A
medicina ainda não sabe a causa desse problema, mas sabe-se que algumas fatores
aumentam o risco como:
Meninos.
O autismo é 4x mais comum no sexo masculino;
Genética.
Existe um risco elevado da presença do Transtorno do Espectro Autista quando a
família já tem histórico;
Fatores
ambientais, cidades mais poluídas possuem, mais casos de autismo;
Problemas
no parto e prematuridade.
Algo
muito importante para se destacar é que NÃO existe relação entre vacinas e
autismo.
Tratamento
O
autismo não tem cura e também não existe um medicamento específico para esse
transtorno. Uma medida eficaz no tratamento do autismo é o apoio da equipe
multidisciplinar, que inclui intervenções com terapeutas ocupacionais,
fonoaudiólogos, psicólogos, pedagogos e médicos, com essa rede é possível
melhorar a comunicação e as habilidades sociais.
Ao observar essas características, é importante destacar que o espectro autista é amplo, variando em intensidade e manifestação. Se houver preocupações, a consulta a um profissional de saúde especializado em desenvolvimento infantil, como um pediatra ou especialista em autismo, pode ser fundamental para uma avaliação precisa e, se necessário, intervenções apropriadas. A compreensão precoce desses sinais pode levar a uma intervenção eficaz e ao apoio adequado para a criança e sua família.
Fonte: Brasil 61
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