Não é surpresa para ninguém os "modi operandi' do Partido dos Trabalhadores quando algum militante se torna inservível, ou que não faz mais parte dos seus planos. Afinal quem nasceu para ser bucha de canhão, será sempre bucha de canhão.
Um fato no mínimo bizarro, ao estilo petista, aconteceu na visita de Lula ao Ceará nessa sexta-feira(19). Segundo a revista Isto É, a Pré-candidata
para disputar a Prefeitura de Fortaleza pelo PT, a deputada federal Luizianne
Lins foi barrada de estar no palco com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva
no Ceará nesta sexta-feira, 19. A assessoria diz que ela “não irá se submeter a
isso novamente” e que Luizianne foi vítima de “violência política”. Em
contraste, outro pré-candidato do partido ao mesmo posto, o presidente da
Assembleia Legislativa do Ceará, Evandro Leitão, esteve com Lula.
Lula
esteve no Ceará para assinar o decreto que cria o primeiro campus do Instituto
Tecnológico de Aeronáutica (ITA) no Estado, o primeiro fora de São Paulo. O
evento foi organizado pelo Ministério da Educação, comandado pelo ex-governador
do Estado, Camilo Santana, principal apoiador da candidatura de Leitão.
Procurado pelo Estadão, diretório do partido em Fortaleza ainda não se
pronunciou.
Segundo
a assessoria de Luizianne, que foi prefeita de Fortaleza em dois mandatos, ela
“foi impedida de entrar no acesso das autoridades e proibida de subir no palco
onde estava o presidente”. “A deputada não irá se submeter a isto novamente,
pois já basta de tanta violência política contra ela, que sempre foi apoiadora
do presidente Lula, mesmo quando ele estava encarcerado na PF de Curitiba”, diz
a nota.
O
PT ainda não decidiu quem receberá a indicação para ser o candidato do partido
à Prefeitura de Fortaleza. Atualmente, cinco nomes estão na disputa interna:
Luizianne, Leitão, o ex-deputado federal Artur Bruno, o presidente do PT na
capital cearense, Guilherme Sampaio, e a deputada estadual Larissa Gaspar.
A
disputa principal está entre Luizianne e Leitão. A ex-prefeita se apoia no
capital político construído em Fortaleza e na proximidade com a base petista,
mas vem de uma derrota no pleito em 2020.
Leitão,
por sua vez, tem o favoritismo por ter apoio de Camilo, a principal figura
política no Estado, mas ao mesmo tempo é um nome que tem rejeição parcial na
base por ser um petista neófito.
Ele
migrou do PDT para o PT em novembro, em meio a profunda crise do partido no
Ceará, que perdura desde meados de 2022. O ato de filiação dele contou com os
mais ilustres petistas no Estado: o presidente do partido no Ceará, Antônio
Filho, o presidente da sigla em Fortaleza, Guilherme Sampaio, o governador
Elmano de Freitas, Camilo Santana e o líder do governo na Câmara dos Deputados,
José Guimarães.
A
ex-prefeita de Fortaleza e atual deputada federal já queixou-se publicamente em
outras oportunidades da relação com Camilo Santana. Na semana passa, em
entrevista ao jornal cearense O Povo, ela mostrou descontentamento com o
ministro. “Nunca me ajudou em nada do ponto de vista político, assim,
efetivamente”, disse.
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