Os servidores do Banco Central farão nesta quinta-feira, 11, uma paralisação por 24h com previsão de apagão dos serviços da instituição. “Isso impactará negativamente o atendimento ao mercado e ao público, incluindo cancelamento de reuniões, manutenção em sistemas e atraso na divulgação de informações”, afirmou em nota o Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (Sinal). Mais de 70% dos servidores devem aderir à paralisação.
A
estimativa de dirigentes do Sinal é de que mais de 70% dos servidores irão
aderir à paralisação. “A decisão de realizar a greve decorre da insatisfação
dos servidores em relação ao tratamento dispensado às suas demandas, em meio a
concessões assimétricas oferecidas a outras categorias típicas de Estado”,
disse a entidade, segundo quem, adicionalmente, foi iniciado o processo de
entrega de funções comissionadas. “Os servidores assumindo essas funções
comprometem-se a entregá-las caso as negociações com o governo não avancem, com
a entrega efetiva prevista para a primeira quinzena de fevereiro”, afirmou.
As
operações compromissadas e a rolagem de swap cambial estão mantidas, conforme
comunicados publicados na noite desta quarta-feira.
Como
mostrou o Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo
Estado), para a categoria, o Ministério de Gestão e Inovação em Serviços
Públicos (MGI) tem tratado a pauta de reivindicações dos funcionários com
“descaso”. Ao mesmo tempo, alegam os trabalhadores do BC, a Pasta tem feito
concessões assimétricas a outras categorias, citando especificamente os
policiais federais e auditores da Receita Federal.
Na
nota divulgada nesta quarta-feira, 10, o Sinal ainda cita uma “preocupação” com
a “falta de diálogo” e o “alegado açodamento autoritário” do presidente do BC,
Roberto Campos Neto, na abordagem de questões como a Proposta de Emenda
Constitucional (PEC) da Independência da autarquia.
O
presidente do BC não está em Brasília e, desde segunda-feira, 8, despacha de
Miami (EUA), de onde participa da reunião bimestral do Banco de Compensações
Internacionais (BIS). Amanhã, o diretor de Administração, Rodrigo Alves
Teixeira, responsável pelo diálogo com os servidores, estará na capital
federal. Sua agenda prevê apenas despachos internos.
Com informações Estadão Conteúdo.
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