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A empresa de pesquisas AtlasIntel divulgou nesta 2ª feira (8.jan.2024) uma pesquisa de opinião sobre os atos extremistas do 8 de Janeiro na data que marca o aniversário de 1 ano dos ataques. O levantamento indica que só 18,8% dos entrevistados dizem acreditar que o golpe de Estado era a principal motivação dos atos, destoando da abordagem dada por autoridades na cerimônia que relembrou o episódio no Congresso Nacional. Eis a íntegra da pesquisa (PDF – 5 MB).
Foram
entrevistadas 1.200 pessoas de 7 a 8 de janeiro de 2024. O questionário foi
feito de maneira on-line e teve respostas de todas as regiões do país. A 1ª
pesquisa sobre o tema foi feita em 2023. Os resultados trazem um panorama sobre
a opinião pública depois dos ataques na Praça dos Três Poderes.
Para
59% dos entrevistados, a invasão do Congresso Nacional, do Palácio do Planalto
e do STF (Supremo
Tribunal Federal) é “completamente injustificada”. O percentual cresceu 6 p.p
em relação à pesquisa feita em 2023, quando o percentual era de 53%. Outros 15%
disseram ser “parcialmente justificada”. No ano passado, esse número marcava
28%.
“Fanatismo
político e polarização” são as principais motivações por trás dos ataques,
segundo a pesquisa da AtlasIntel: 34,2%. Na sequência, vem:
“Fraude
eleitoral”: 20,8%
“Tentativa
de golpe de Estado”: 18,8%; e
“Manipulação
de terceiros”: 12,2%.
Durante
a cerimônia para relembrar o episódio, autoridades disseram em discursos que a
manifestação foi um “atentado contra a democracia”. Também houve menções à
necessidade de pacificação do país e combate à polarização política.
O
episódio é tratado por integrantes do governo como uma tentativa de forçar um
golpe de Estado contra o então recém-iniciado 3º governo de Luiz
Inácio Lula da Silva (PT). Em geral, o discurso governista diz que as
reações do Executivo e do Judiciário “salvaram a democracia” no
país.
Em
seu discurso para marcar a data, Lula disse que “não há perdão para quem
atenta contra a democracia, contra seu país e contra o seu próprio povo”.
O
petista também afirmou que, caso a “tentativa de golpe” tivesse sido
bem-sucedida, o país estaria imerso no caos social e econômico.
Risco
à democracia
Para
quase 59,2% dos entrevistados, a democracia brasileira correu algum risco em
decorrência das ações do 8 de Janeiro. Desses, 43,3% acha que o risco foi
grande, enquanto 15,9% julga que teve algum risco, mas não tão alto.
Fonte: Poder 360
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