O
STF abriu inquérito contra o ex-juiz e senador Sérgio Moro por suposta
irregularidade em delação premiada no âmbito da operação Lava-Jato. O ministro
Dias Toffoli acolheu um pedido feito pela PGR e pela PF que alegam
constrangimento ilegal, chantagem e manipulação no acordo de delação premiada
do ex-deputado do Paraná, Tony Garcia. Na denúncia, a PGR cita que Tony teria
atuado como um “colaborador infiltrado" no meio político e empresarial,
para o então juiz Sérgio Moro e procuradores.
O
caso corre em segredo de justiça, mas o acordo envolvia que Tony funcionasse
como um informante para obter detalhes contra integrantes da Justiça e do
Tribunal de Contas do Paraná com prerrogativa de foro e que estavam fora do
âmbito da Justiça Federal, onde Moro era juiz. Inclusive a denúncia feita
mostra que Moro dava orientações ao réu, inclusive a se encontrar com um agente
da Abin. As orientações também envolviam que Tony atuasse com o uso de escutas
ambientais.
O
caso só foi parar no STF quando o juiz substituto de Moro, Eduardo Appio,
descobriu o caso e remeteu ao Supremo. O STF, então, fez consultas à PGR e à
PF. O ministro Dias Toffoli determinou a suspensão dos processos envolvendo
Tony na Justiça Federal de Curitiba e no Tribunal Regional Federal. Em 2023,
ele prestou depoimento três vezes por videoconferência em que detalhou o
esquema a qual era submetido.
Na
decisão, o ministro Dias Toffolli ainda determinou que a Justiça Federal de
Curitiba e o Tribunal Regional Federal da 4ª Região disponibilizem cópia
integral de todos os processos envolvendo Tony, em que ele atue como parte,
testemunha ou investigado.
Em
nota, o senador Sérgio Moro informou que os advogados dele não tiveram acesso
aos autos e reafirma que não houve qualquer irregularidade no processo de quase
20 atrás. Moro negou, ainda, os fatos no que chamou de "fantasioso relato
do criminoso Tony Garcia", a começar "pela afirmação de que não
cometeu crimes no Consórcio Garibaldi".
Fonte: O Globo
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