Uma
nova técnica que está sendo desenvolvida promete destruir as células
cancerígenas de uma maneira revolucionária. O trabalho de pesquisa desse
possível tratamento está sendo conduzido por pesquisadores da Rice University,
em conjunto com equipes da Texas A&M University e University of Texas.
A
técnica se assemelha a uma espécie de "britadeira molecular", mas com
a grande vantagem de ser ainda mais rápida que outros métodos já desenvolvidos
em pelo menos um milhão de vezes.
Para
isso, moléculas de aminocianina são estimuladas pela luz infravermelha e geram
o efeito vibratório capaz de destruir as células cancerígenas, com uma ação que
ocorre de forma síncrona. Outra diferença em relação a outras máquinas
moleculares já existentes diz respeito ao próprio uso da luz, visto que estas
funcionam a partir da luz visível, e não do infravermelho.
Durante
o movimento, os átomos das moléculas dão forma a plasmons, que atuam
coletivamente. Estes, por sua vez, são a chave dessa vibração, já que atuam
rasgando as células cancerígenas após separá-las das demais, segundo o estudo
publicado na revista Nature Chemistry em dezembro de 2023.
Neste
tratamento, as células de câncer morreriam rapidamente de necrose, portanto.
Além disso, a morte não é induzida por uma ação térmica. Esse efeito foi
observado em doses muito baixas de aminociasinas e de luz, em células in
vitro.
Ciceron
Ayala-Orozco, principal autor do estudo, explica como isso é possível:
"devido à sua estrutura e propriedades químicas, os núcleos dessas
moléculas podem oscilar em sincronia quando expostas ao estímulo certo." O
método não foi classificado nem como terapia fotodinâmica, nem fototérmica, já que faz uso de força
mecânica em escala molecular.
Dois
grandes resultados foram divulgados: a eficiência da "britadeira
molecular" foi comprovada com a morte de 99% das células de melanoma
cultivadas em laboratório. Em camundongos, houve redução de 50% do melanoma.
O
método é considerado promissor, visto que pesquisadores veem como bastante
remota a probabilidade das moléculas desenvolverem algum bloqueio a esse tipo
de mecanismo e tornarem o tratamento nulo.
Geralmente,
a aminocianina é usada como corante sintético fluorescente em exames de
diagnóstico por imagem, identificando tumores, mas essa nova aplicação pode
representar um avanço para a medicina, já que o composto tem a capacidade de
aderir à parte externa das células.
Além
disso, essa tecnologia possui um alcance muito maior, capaz de penetrar até dez
centímetros no corpo humano. Em comparação à luz visível, essa diferença se
mostra importante, já que esta é capaz de avançar por apenas meio centímetro.
A grande vantagem é que se torna possível oferecer um tratamento mais rápido, sem recorrer a procedimentos invasivos para remover tumores de ossos e órgãos afetados, reduzindo também o desconforto do paciente durante o tratamento.
Fonte: Megacurioso
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