(*) Bruno César
Nos últimos anos, o debate acerca da disseminação de Fake News em várias plataformas de redes sociais, incluindo grandes veículos de mídia online, e sua utilização para golpes e esquemas fraudulentos têm sido frequentes. Segundo dados da InfoMoney, em 2022, a América Latina e o Caribe registraram cerca de 360 bilhões de tentativas de ataques cibernéticos, com o Brasil como o segundo país com mais registros, perdendo apenas para o México, totalizando 103,1 bilhões de tentativas.
Esses ataques variam desde fraudes por e-mail até o roubo de informações
pessoais e financeiras, impactando indivíduos e empresas.
Relacionando
esse cenário ao meu artigo anterior sobre Engenharia Social, reitero a
importância da conscientização e educação para mitigar os riscos associados à
engenharia social motivada pela ganância. É crucial educar sobre os diferentes
golpes, armadilhas e táticas de manipulação usadas por indivíduos
mal-intencionados.
Nesse
contexto, proponho a inclusão da Educação Digital como componente curricular em
todas as escolas do país. As facilidades do mundo digital estão presentes em
nosso cotidiano, desde o uso das redes sociais para expressar opiniões até a
administração de finanças pessoais e busca por informações profissionais.
Diante desse cenário diversificado, é urgente investir na educação digital para capacitar os estudantes desde cedo a utilizar a internet, redes sociais e aplicativos de forma responsável. Isso inclui a capacidade de verificar informações, discernir conteúdos falsos e não propagá-los, além de desenvolver o discernimento necessário para não serem enganados.
Essa
abordagem educacional traria benefícios à sociedade, pois não apenas os
estudantes seriam beneficiados com o conhecimento sobre o “mundo digital”, mas
também poderiam disseminar o tema entre familiares.
Essa
disseminação resultaria em mudanças de comportamento em relação ao uso das
ferramentas e mídias digitais, assim como no combate às práticas criminosas
online. A capacitação dos usuários para avaliar suas ações digitais com
responsabilidade também resulta na identificação de engenharia social, phishing
e outros golpes, reduzindo a quantidade de pessoas suscetíveis a essas
armadilhas.
Uma
sociedade melhor instruída, principalmente no ambiente digital, também
auxiliaria as autoridades no combate ao cibercrime, já que a diminuição de
ocorrências permite um foco mais preciso na investigação dos casos.
Portanto,
é crucial para a sociedade moderna investir em educação digital, pois em um
mundo cada vez mais conectado, a informação é a chave para combater as
ilegalidades.
Fonte: O Boletim
(*)
Bruno César Teixeira de Oliveira, com uma carreira sólida na gestão de riscos,
compliance e prevenção a fraudes em instituições financeiras.
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