Foto reprodução - redes sociais
Um
pastor evangélico, uma guia de turismo e um músico saxofonista estão entre as
24 vítimas fatais do acidente entre um micro-ônibus e um caminhão que aconteceu
na noite do domingo (7) na BR-324 em São José do Jacuípe, no norte da Bahia.
Outras seis pessoas ficaram feridas.
A
colisão foi frontal e aconteceu quando o coletivo voltava de uma viagem à praia
de Guarajuba, localizada na cidade de Camaçari, na região metropolitana de
Salvador.
Segundo
informações do Corpo de Bombeiros, os feridos foram encaminhados para hospitais
em Capim Grosso e Nova Fátima.
Inicialmente,
o Corpo de Bombeiros e a prefeitura de Jacobina divulgaram que o número de
mortos seria 25. Mais tarde, o número foi corrigido para 24.
Entre
os mortos está a filha do empresário Josinaldo Silva, dono da empresa Naldo
Transportes, proprietária do micro-ônibus. Michele Silva, 30 anos, organizava
excursões e contratava o veículo do pai, segundo informações do advogado da
família, João Daniel Conceição.
O
pastor evangélico Erivaldo Santos do Nascimento, a diaconisa Tatiane Santos de
Souza Nascimento e o filho deles, Emanuel Santos de Souza Nascimento, também
morreram. Os três eram frequentadores da Assembleia de Deus Madureira, em
Jacobina, no interior baiano.
Por
meio do Instagram, a igreja publicou uma nota de pesar sobre a morte do
presbítero e dos outros dois integrantes da família. "Nesse momento de
dor, marcado fortemente pela saudade, nos unimos à família e aos amigos,
acompanhando-os com nossas condolências e apoio", diz trecho.
Dezenas
de pessoas publicaram comentários lamentando as mortes, entre eles vários
pastores e missionárias.
Outro
morto no acidente foi o saxofonista Gleidson Santana de Andrade, que fazia
parte da Filarmônica 2 de Janeiro e integrava a banda do cantor Davi Lucca. Ele
era torcedor declarado do Flamengo.
Nas
redes sociais, a orquestra publicou uma nota sobre o falecimento e classificou
Gleidson como "um músico ímpar".
O
cantor Davi Lucca disse que o micro-ônibus é o mesmo que ele faz viagens com a
banda e comentou o falecimento de Gleidson: "foi uma das melhores pessoas
que eu tive o prazer de conhecer. (...) Estava comigo desde o início em 2018
até o nosso último show no Réveillon."
Outras
quatro pessoas da mesma família também estavam no ônibus. Amarilia Lima Grassi
e Edmilson Alencar dos Santos morreram no acidente. Eles estavam com duas
filhas: Sabrina, que morreu, e Mayra Grassi, que está internada em um hospital
da região.
Sabrina
publicou foto do fim de semana com a família na praia de Guarajuba. Ela andou a
cavalo junto com a irmã Mayra.
Ao
todo, 23 vítimas foram identificadas, segundo o Departamento de Polícia Técnica
da Bahia. Entre os mortos também há mulher grávida de três meses, duas crianças
e três adolescentes.
VEJA
A LISTA COM O NOME DOS MORTOS
-
Amarilis Lima Grassi Santos, 44
-
Ana Paula Gomes Gonçalves Cerqueira, 53
-
Aurelito da Rocha Filho, 46
-
Edmilson Alencar dos Santos, 48
-
Emanuel Santos de Souza Nascimento, 11
-
Erivaldo Santos do Nascimento, 36
-
Gabriela Ferreira dos Santos, 35
-
Gleidson Santana de Andrade, 35
-
Isabela Santos de Almeida, 14
-
João Nilson Carvalho da Silva, 40
-
João Victor Carvalho Lima, 22
-
Josemar dos Santos Menezes, 40
-
Julio Gabriel Alves Coelho, 22
-
Kelvin Silva de Araújo, 10
-
Leilane Fernandes de Jesus, 29
-
Maria Eunice Gonzaga, 55
-
Michele da Silva, 32
-
Marla Souza Mandu, 32
-
Sabrina Grassi Alencar dos Santos, 17
-
Stefanny Vitória Araújo da Silva, 19
-
Tatiane Santos de Souza Nascimento, 39
-
Tiago Manoel dos Santos, 38
-
Wolyver Manoel Araújo dos Santos, 14
RELEMBRE
O CASO
O
acidente ocorreu por volta das 22h30 de domingo (7), segundo a Polícia
Rodoviária Federal, no km 381 da BR-324, na altura da cidade de São José do
Jacuípe, a 291 km de Salvador.
A
Polícia Rodoviária Federal afirma que a colisão pode ter ocorrido durante uma
ultrapassagem, mas que uma confirmação da causa do desastre só será conhecida
após conclusão de perícia técnica. Uma equipe da corporação foi destacada para
as investigações.
O
inspetor da Polícia Rodoviária Federal da Bahia Cleriston Rodrigues, que
trabalha há 30 anos no trecho onde o acidente ocorreu, afirmou à reportagem
nunca ter visto um desastre dessa magnitude na região. "Foi uma colisão
frontal muito forte", disse.
Segundo
o inspetor, o trecho em que a batida ocorreu é uma reta, não havia no momento
da batida nenhum problema de visibilidade (como neblina ou animais na pista) e
não chovia. "Pode ter ocorrido uma falha humana", afirmou.
VELÓRIO
COLETIVO
Em
nota de condolências, a prefeitura de Jacobina informou que um velório coletivo
começou a ser organizado no Ginásio de Esportes Municipal.
"As
equipes que integram a gestão estão providenciando os encaminhamentos junto às
funerárias visando agilizar a liberação e a transferência dos corpos para
Jacobina". O velório é realizado na noite desta segunda (8). O enterro
será na terça-feira (9).
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