Foto reprodução redes socais
O
Ministério Público da Espanha fez um pronunciamento por meio de uma promotora
durante as considerações finais do julgamento de Daniel Alves, desconsiderando
o pedido de atenuante de pena por álcool e fiança. A decisão deve sair em dez
dias.
O
Ministério Público manteve o pedido de nove anos de pena a Daniel Alves
enquanto a acusação pede a pena máxima: 12 anos de prisão por agressão sexual.
Em
seu pronunciamento, a promotora Elisabet Jimenez disse que a denunciante “foi
muito valente”. “Ela disse que desde o início queria sair dali; que Daniel
Alves lhe deu bofetadas no rosto e falou que ela deveria dizer que ‘é minha
putinha’. Depois de lutar, ela estava desfalecendo e pensou ‘que isso termine logo’”,
afirmou.
Ainda
segundo a promotora, os vídeos mostram claramente a denunciante “tirando a mão
de Alves e indo dançar com a prima”. Foi um esforço terrível para ela
explicar o que aconteceu. Estava absolutamente afetada e devastada ao falar da
agressão sexual.
A
defesa pergunta ‘se estavam incomodadas, por que não foram embora?’. Nenhuma
mulher em situação normal acha que vai acontecer uma agressão sexual numa
discoteca. “Se não houvesse a agressão, lembrariam dele como um senhor nojento
que dançou com elas”, afirmou Elisabet Jimenez, promotora do Ministério
Público da Espanha.
Quanto
a se beijaram ou não, o que diz a vítima (na câmera do policial) é ‘começou a
me beijar e falei que queria sair dali’.
A
advogada de defesa, Inés Guardiola, alegou que a declaração de Daniel Alves foi
confirmada por “provas periciais, médicas e vídeo”. “Os meios de prova da
denunciante são ilegais. Amiga e prima dela apresentam discursos superficiais e
evasivos.” Guardiola citou vídeos e disse que a forma como a mulher disse
ter entrado na área VIP era mentirosa. Citou, ainda, lapsos de memória da
denunciante.
“Provas
documentais não mostram incômodo por parte das mulheres; há imagens que mostram
Daniel colocando a mão nas partes íntimas da denunciante sem que ela reagisse
mal. O DNA da boca dela corrobora que houve sexo oral . A denunciante diz que
sentiu dor, mas os forenses não encontraram lesão vaginal. Guardiola,
ainda, coloca em dúvida as posições relatadas pela denunciante de acordo com as
impressões digitais encontradas no banheiro.
A
advogada oficializou, ainda, mais um pedido de revogação da prisão de Daniel
Alves.
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