(*) Taciano Medrado
Não
dúvidas que depois de Bolsonaro a pedra da vez na mira dos Lulapetistas é o
ex-juiz da Lava Jato que mandou para cadeia por 580 dias o líder maior dos
vermelhos de uma estrela só (PT). Afinal como declarou publicamente o rancoroso
e vingativo jararaca Lula: “vou foder com Moro”. Afinal de contas esse é o grande sonho da esquerda recalcada.
Segundo a Revista Isto É, o Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR)
decidiu antecipar o julgamento das ações que podem levar à cassação do mandato
do senador Sérgio Moro (União). A sessão, inicialmente marcada para 19 de
fevereiro, após o carnaval, foi remanejada para a próxima quinta-feira, 8, em
formato presencial. A informação foi confirmada pelo TRE.
Os
processos foram incluídos na pauta, com prioridade, a pedido do desembargador
Luciano Carrasco Falavinha Souza, relator do caso. Ele solicitou o agendamento
na “primeira data possível”.
A nova data foi definida nesta quarta-feira, 31, pelo desembargador Wellington Emanuel Coimbra de Moura, presidente do TRE, em um de seus últimos atos. Ele deixa o cargo amanhã.
As
ações que pedem a cassação de Moro são movidas pelo PL, partido do
ex-presidente Jair Bolsonaro, e pela Federação Brasil da Esperança (PT, PCdoB e
PV), do presidente Lula. Se for condenado, o ex-juiz da Operação Lava Jato
perde o mandato e pode ficar inelegível.
O
Ministério Público Eleitoral (MPE) é a favor da cassação por abuso de poder
econômico nas eleições de 2022. O órgão afirma que os gastos na pré-campanha
excederam o limite razoável. Inicialmente, o ex-juiz pretendia sair candidato a
presidente. Para o MP, os investimentos desequilibraram a disputa ao Senado,
depois que Moro decidiu mudar a estratégia e concorrer a senador.
Em
depoimento à Justiça Eleitoral, Moro negou que a pré-candidatura presidencial
tenha impulsionado sua campanha ao Senado e que o movimento tenha sido
premediato. “Eu já era sobejamente conhecido no Paraná ou no Brasil inteiro sem
uma pré-candidatura presidencial”, afirmou na ocasião, referindo-se à Lava Jato
que, em seus primeiros anos de existência, o colocou na condição de “herói” do
combate à corrupção.
O
senador também está na mira do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Como mostrou
o Estadão, ao mandar investigar o ex-juiz, o ministro Luis Felipe Salomão,
corregedor nacional do CNJ, começa a pavimentar o caminho para uma possível
cassação do mandato, com base no mesmo precedente que deixou Deltan Dallagnol
inelegível.
O Conselho Nacional de Justiça vai investigar se Sergio Moro usou a magistratura com fins político-partidários e se cometeu irregularidades na gestão das multas dos acordos de delação e leniência homologados na Lava Jato.
(*)
Professor e analista político
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