Pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostra que a população brasileira adota práticas voltadas para a preservação do meio ambiente em suas rotinas diárias. Segundo o levantamento, 65% dos entrevistados separaram lixo para reciclagem com frequência nos últimos seis meses — e 60% reutilizaram ou reaproveitaram embalagens de produtos.
Além
disso, 50% dos brasileiros reduziram a produção de lixo sempre e 28% na maioria
das vezes, somando 78%. No recorte por escolaridade, 55% das pessoas analfabetas
ou com nível de saber ler e escrever separaram sempre o lixo para
reciclagem. O indicador cai para 50% para aqueles com ensino fundamental,
45% com ensino médio e 44% com ensino superior.
“[A
pesquisa] fala também da economia de energia na separação e coleta de resíduos.
Então, isso mostra que hoje, independentemente se é uma classe social mais
elevada ou menos elevada, nível de escolaridade maior ou menor, todas essas
ações já estão presentes no dia a dia do consumidor”, pontua o
gerente-executivo de Meio Ambiente e Sustentabilidade da CNI, Davi Bomtempo.
Os
principais obstáculos apontados para a adoção da prática citada por Bomtempo
incluíram a falta de hábito e o esquecimento de separar os resíduos (29%), a
ausência de coleta seletiva na rua, bairro ou cidade (20%) e a falta de
informação sobre reciclagem ou coleta seletiva (11%).
A
CNI revela também que 45% dos cidadãos reutilizaram ou reaproveitaram
embalagens de produtos sempre e 25% na maioria das vezes, somando 60%. E que
43% reutilizaram o uso de embalagens sempre e 27% na maioria das vezes, somando
70%.
O
ponto mais importante que a pesquisa trouxe, na visão do gerente-executivo
de Meio Ambiente e Sustentabilidade da CNI, foi em relação à tomada de
decisão do consumidor, que leva em consideração a sustentabilidade.
“Ele
quer saber como aquele produto é produzido, quanto que ele emitiu de gás de
efeito estufa durante o seu processo de fabricação; se aquela empresa tem
um programa de eficiência energética, se ele trabalha a gestão de resíduo. Tudo
isso é levado em consideração”, analisa.
Davi
Bomtempo ressalta ainda que a sustentabilidade precisa ser o centro da
estratégia corporativa para aumento da competitividade no setor industrial,
assim como para acessar mercados internacionais e gerar emprego e renda no
país.
Com informações de Nathália
Ramos Guimarães Brasil 61
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