O
Carnaval, festa mais popular do país, começou oficialmente na sexta-feira (9).
É tempo de espairecer a cabeça, de se divertir. Se for curtir a folia dos
blocos, cuidado, pois neste período os golpes financeiros são mais frequentes.
Atualizamos alguns conteúdos para você ficar ligeiro enquanto se diverte,
confira.
Um
dos eventos mais aguardados do ano está prestes a começar: o Carnaval. E, com
ele, claro, vem muita diversão, fantasias, glíter, máscaras e tudo mais o que a
folia proporcionar. O problema é que há também golpes.
E
para você não cair em alguma fraude durante os dias de folia, é importante saber
quais são esses golpes e de que forma se proteger. Por isso, a seguir, a gente
te mostra quais são as principais fraudes que acontecem durante as festas de
rua. E mais, como proteger o seu bolso destes golpes de Carnaval.
Então,
abram alas, que o bloco da segurança está entrando na avenida!
5
golpes no Carnaval para ficar atento
A
gente já está cansado de saber que, seja no bloquinho ou atrás do trio
elétrico, é importante cuidar bem da carteira e do celular. E por mais que você
já tenha alguns recursos para evitar roubos, também é necessário tomar algumas
atitudes para não cair em golpes, seja no Carnaval ou em qualquer outra
aglomeração.
Vem
que, enquanto você ajusta a fantasia e termina de passar a última tonelada de
glíter, a gente te conta tudo sobre as fraudes de Carnaval.
1.
Golpe da maquininha de aproximação
Esta
fraude funciona assim: enquanto você está lá, curtindo o som, jogando confete e
serpentina no povo, sem se preocupar com a hora do Brasil, criminosos aproximam
a maquininha perto do seu cartão – que pode estar no bolso, na carteira ou na
bolsa – e realizam um pagamento por aproximação sem você nem perceber.
E
aí, meu querido, só na fatura ou no extrato da sua conta que você irá tomar
consciência do ocorrido.
“O
que acontece é que a sensibilidade dessas máquinas está mais aguçada. Então, é
possível que o golpista, mesmo estando com o menor desses dispositivos no
bolso, possa se aproximar de uma vítima, captar o sinal de um eventual cartão
com sistema por proximidade e, dessa forma, lesar o indivíduo”, afirma
Feliciano Lyra Moura, sócio do Serur Advogados.
Mas
vale saber que as tecnologias por aproximação ocorrem na distância máxima de
até 4 cm entre a máquina e o cartão. Ou seja, você precisa estar bem próximo da
máquina para que este golpe funcione.
Desse
modo, o que fazer para evitar este golpe de Carnaval? Feliciano Moura e
Fernando Guimarães, CEO da Stone Age ensinam:
Manter
seus cartões por aproximação em uma carteira com proteção a leitura (chamada de
“carteira para cartões RFID”);
Envolver
o cartão com camadas de papel alumínio;
Reduzir
ao mínimo o limite do seu cartão;
Ativar
no site da instituição financeira ou aplicativo o modo alerta de utilização de
cartão, para que toda e qualquer operação realizada com o cartão seja indicada
no celular.
Além
disso, o Procon-SP também alerta que é possível desativar essa função de
pagamento. Para isso, basta entrar em contato com o seu banco para entender
como fazer esta desativação.
Sem
esquecer que os bancos só podem habilitar o sistema de aproximação com a
autorização do consumidor. Fique ligado com isso.
2.
Golpe que bloqueia pagamento por aproximação
Esta
é uma fraude que surgiu recentemente. “O consumidor tenta fazer o pagamento por
aproximação, que é negado. E aí, ao colocar o cartão na máquina, todos os dados
são clonados por um programa espião”, explica Victor Hugo Ereira Gonçalves,
presidente do Instituto Sigilo.
O
problema aqui é que, na maioria dos casos, o vendedor não é o responsável pelo
golpe. Isso porque, geralmente, os bandidos entram em contato com o comerciante
dizendo que são funcionários das empresas das maquininhas de cartão e precisam
realizar uma manutenção no aparelho.
Em
seguida, os criminosos pedem para que o vendedor baixe um arquivo por meio de
um link. Ao clicar neste endereço, um vírus é instalado no sistema e os
bandidos passam a ter acesso remoto ao programa que fica conectado à máquina de
cartão. Podendo, inclusive, inserir mensagens falsas de erro na tela do
aparelho.
“O
cliente deve ter em mente que não existe isso de falha na leitura por
proximidade se o chip do cartão estiver em perfeita operação. O máximo que pode
ocorrer é realizar o pagamento por aproximação e a maquininha ainda assim
solicitar a senha numa forma de validação em duas etapas da transação”, alerta
Moura.
Sendo
assim, se este golpe de Carnaval acontecer com você, não insira o cartão na
máquina, claro. Desse modo, utilize outra forma de pagamento, como dinheiro
ou Pix
, ou desista da compra caso tenha tentado novamente pagar por aproximação e
não consiga.
3.
Golpe da troca de cartões
De
acordo com os especialistas, esta fraude já é bem antiga. Funciona da seguinte
forma: durante a compra, o criminoso usa do momento de descontração e muito
movimento de pessoas ao redor para observar a senha que está sendo digitada na
maquininha e, ao mesmo tempo, trocar o cartão da vítima por outro.
Assim,
ele consegue realizar qualquer tipo de transação sem nenhum impedimento. E aí,
sinto informar, mas você caiu em um golpe de Carnaval.
Diante
disso, o melhor a fazer neste caso é jamais entregar seu cartão na mão de
alguém. “Hoje em dia não há qualquer sentido em passar seu cartão para as mãos
de outra pessoa. Afinal de contas, a inserção do cartão com chip na maquininha
é feita pela própria pessoa, tal como no pagamento por aproximação”, aponta
Moura.
Além
disso, é muito importante ficar atento para que outras pessoas não enxerguem a
senha quando você estiver digitando. Sem esquecer de não realizar a compra se a
maquininha estiver com o visor quebrado ou que não permita a leitura dos dados.
Fonte: Inteligência Financeira
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