Ele
surgiu na África, chegou ao Brasil com os portugueses e conquistou o país de
norte a sul. Mas se tem um lugar que é amado e idolatrado todos os dias, é no
Nordeste. O bom e velho cuscuz é celebrado no dia 19 de março, cercado de boas
histórias e muita curiosidade, e a Paraíba festeja essa data apreciando um bom
cuscuzinho, com muito sabor e sustância para encarar o dia.
A
criação do prato é atribuída aos mouros bérberes, grupo nômade que habita a
região do deserto do Saara desde a pré-história. Depois de se popularizar em
Portugal, o cuscuz foi trazido ao Brasil pelos colonizadores. Por aqui,
tornou-se a base da alimentação dos negros, preparado por escravos e vendido em
tabuleiros no período colonial. Luiz da Câmara Cascudo, no livro “A história da
alimentação no Brasil”, já falava do prato como um dos pilares da nossa mesa. A
verdade é que o cuscuz se espalhou pelo país e atravessou o tempo.
Pergunte
a qualquer paraibano se faz falta um bom cuscuz, e você já saberá a resposta. O
cuscuz habita o imaginário afetivo de todos nós, pela sua versatilidade e
simplicidade de preparo. É aquele prato que vai bem no café, no lanche, no
jantar – e até no almoço, por que não? Acompanhado de leite, coco, charque,
ovo, frango, carne guisada e muito mais. Uma comidinha com a nossa cara, feita
para partilhar e alimentar, acompanhada de um bom café e boas conversas. É
pedida de quem mora só, e não dispensa um cuscuz “peitinho”, e de toda a
família reunida. Afinal, casa que se preza tem sempre no armário das panelas a
boa e velha cuscuzeira.
Fonte: G1 - Paraíba
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