Os
agentes de fiscalização e de monitoramento do Instituto do Meio Ambiente e
Recursos Hídricos (Inema) da Bahia estão com as atividades em campo paralisadas
há 20 dias por falta de pagamento do adicional de insalubridade e
periculosidade.
Um
grupo da Associação Pré-Sindical dos Servidores de Meio Ambiente e Recursos
Hídricos (Ascra) relatou ao CORREIO que nunca recebeu o adicional. Segundo os
servidores, há funcionários, que estão há mais de 10 anos no órgão, sem ganhar
a remuneração. De acordo com eles, pedidos para receber o benefício têm sido
indeferidos sem qualquer base legal.
A
depender da classe, o valor do adicional varia entre R$1 mil a R$2 mil. O
benefício corresponde a 30% em cima do vencimento base. Os servidores, que
falaram no anonimato para evitar retaliações do órgão, contaram ainda que a
fiscalização ambiental está com um déficit de pessoal significativo. Não há,
entretanto, um número preciso de quantos funcionários faltam no órgão.
Os
profissionais são responsáveis por fiscalizar locais com condições insalubres,
como matadouros de animais e estações de tratamento de esgoto. Segundo a Ascra,
pelo menos 15 servidores paralisaram as atividades na sede da capital. O número
se aproxima de 120 quando somado com as unidades regionais que também aderiram
ao ato.
“Buscamos
muito mais do que um retorno financeiro. Queremos o reconhecimento do estado,
porque no momento não há reconhecimento de nossa atividade como perigosa. Somos
colocados em uma situação onde teríamos que assumir o risco da nossa atividade
em campo sem que o próprio estado reconhecê-la como perigosa. É muito
grave”,informou a Ascra.
O
Inema e o Saeb (Secretaria de Administração do Estado da Bahia) foram
procurados no dia 6 de março (quarta-feira passada) para se manifestarem sobre
o pleito dos servidores. A reportagem solicitou novamente um posicionamento aos
órgãos nesta segunda-feira (11) e na terça-feira (12), mas não houve retorno
até a publicação da matéria.
Fonte: Com
orientação do editor Rodrigo Daniel Silva/ Correio 24 horas
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