O
Brasil já registrou, desde 1º de janeiro, 1.937.651 casos de dengue, sendo
16.494 casos de dengue grave ou com sinais de alerta. O coeficiente de
incidência da doença no país, neste momento, é de 954,2 casos para cada grupo
de 100 mil habitantes. Há ainda 630 mortes confirmadas por dengue e 1.009 em
investigação.
Em
balanço apresentado nesta quarta-feira (20), a secretária de Vigilância em
Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde, Ethel Maciel, destacou que os três
primeiros meses de 2024 registram mais casos graves de dengue do que o mesmo
período de 2023. “Estamos tendo muito mais casos graves que no ano anterior”,
disse, ao lembrar que, até então, na série histórica, 2023 havia sido o ano com
maior número de casos graves da doença.
“Temos
muito mais pessoas chegando [com quadro] grave aos serviços de saúde. Esse é um
importante ponto de alerta para nós”, avaliou Ethel.
Emergência
Atualmente,
11 unidades federativas já decretaram situação de emergência em saúde pública
por causa da dengue: Acre, Amapá, Distrito Federal, Goiás, Espírito Santo,
Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São
Paulo. Há ainda 350 decretos municipais, sendo 178 em Minas Gerais.
Mortes
Dados
da pasta mostram que os idosos respondem pela maioria das mortes por dengue no
país este ano. Na faixa etária dos 60 aos 69 anos, foram contabilizados 91
óbitos; entre 70 e 79 anos, 128 óbitos; e entre pessoas com 80 anos ou mais,
134 óbitos.
O
tempo médio entre o início dos sintomas e a notificação de caso de dengue é de
4 dias. O tempo médio entre o início dos sintomas e a internação também é de 4
dias. Já o tempo médio entre o início dos sintomas até o óbito é de 6 dias,
enquanto o tempo médio entre o início dos sintomas e os sinais de gravidade é
de 5 dias.
“Isso
é muito importante para que a gente possa orientar os serviços de saúde”,
destacou a secretária. “Nessa epidemia, o quarto dia tem sido um alerta de que
as pessoas podem agravar. Então, um monitoramento que faça com que essa pessoa
volte no quarto dia da doença pode salvar muitas vidas”, alerta.
Fonte: Revista Isto É
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