O Brasil já ultrapassou a marca de 1,3 milhão (1.318.336) de casos prováveis de dengue desde o início de 2024. O dado é o Ministério da Saúde. Até o momento, 343 pessoas morreram em decorrência da doença. Outras 775 mortes estão em investigação.
O
número de casos nos três primeiros meses do ano se aproxima do total registrado
em todo o ano de 2023, quando 1.658.816 casos foram notificados, com 1.094
mortes.
A
infectologista Larissa Tiberto explica as possíveis causas do aumento no número
de casos.
“A
principal causa do aumento da dengue é a chuva. Quanto mais chuva, maior a
probabilidade de água parada. Outro motivo é a falta de cuidado com as águas
paradas nos quintais, vasos de plantas, lixos acumulados em terrenos baldios,
construções. Por fim, a mutação do mosquito da dengue, que antes só se
reproduzia em água limpa e agora se reproduz também em água suja”,
pontua.
Sem considerar o critério populacional, a região Sudeste registrou 837.029 casos prováveis e 121 mortes. Minas Gerais concentra mais da metade das notificações: 451.731. No estado mineiro, 305 municípios estavam com risco mais alto de transmissão de arboviroses em janeiro, segundo o Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (LirAa/LIA), divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde recentemente.
No Centro-Oeste, são 213.716 registros, 121.433 apenas no Distrito Federal. No
total, 129 mortes foram causadas pela doença na região.
No
Sul do país são 183.815 casos prováveis — 126.922 no Paraná — e 76 mortes.
Na
região Nordeste, foram computados 56.585 casos e 12 mortes causadas pela
dengue. A Bahia é o estado que concentra o maior número de notificações:
36.003.
No
Norte, as autoridades de saúde registraram 27.191 casos prováveis e cinco
mortes. São 8.793 casos no Amazonas.
Larissa Tiberto sugere cuidados à população.
“Para reduzir os casos de dengue, devemos vigiar se não há criadores do mosquito
em nossas casas e também em nossa comunidade. Em casa, podemos colocar telas de
proteção nas janelas, usar inseticidas, repelentes, eliminar o lixo de forma
correta e limpar os ralos”, afirma a infectologista.
Vacina
O Ministério
da Saúde recomendou a ampliação da faixa etária para a vacinação contra a
dengue para pessoas de 10 a 14 anos. Segundo o órgão, trata-se da faixa
etária que concentra o maior número de hospitalizações por dengue, depois de
pessoas idosas, grupo para o qual a vacina não foi liberada pela Anvisa. A
princípio, a sugestão da pasta era que fossem vacinadas pessoas de 10 a 11
anos.
Fonte: Brasil 61
AVISO: Os comentários são de responsabilidade dos autores e não representam a opinião do Blog do professor Taciano Medrado. Qualquer reclamação ou reparação é de inteira responsabilidade do comentador. É vetada a postagem de conteúdos que violem a lei e/ ou direitos de terceiros. Comentários postados que não respeitem os critérios serão excluídos sem prévio aviso.
Postar um comentário