Distribuidoras de
energia desejam 70% de reserva através do PL 4831 de taxação do sol, deixando
empreendedores e instaladores de sistemas de energia solar preocupados.
As distribuidoras de energia estão exigindo agora, através do PL 4831, 70% de reserva de mercado. Essa foi a informação divulgada nesses últimos dias e que causou muita repercussão. Contudo, esse projeto de taxação do sol não é recente, sendo lançado desde meados do ano passado e agora foi solicitado o pedido de caráter de urgência.
Entenda
como o PL 4831 beneficia as distribuidoras de energia
É
do interesse das distribuidoras de energia deter 70% do mercado, em outras
palavras, as empresas desejam, com a PL 4831 de taxação do sol, que 70% dos
usuários de energia elétrica não tenham o direito de instalar um
sistema de energia solar e consumir a sua própria geração, com apenas 30% tendo
esse direito.
Quando
alcançar os 30% de clientes com sistemas fotovoltaicos, as distribuidoras de
energia negarão qualquer pedido de acesso para instalação. Atualmente estamos
com mais ou menos 8% de usuários que possuem energia solar, isto é, cerca
de 12 milhões de projetos que já foram instalados. Então quando
chegar a 30% o objetivo da PL 4831 seria supostamente matar o setor de
instalação de energia solar.
Desta
forma, o mercado aceitaria instalações até no máximo 2028 e a partir de então,
as distribuidoras de energia iriam proibir instalações para garantir essa
reserva de 70%.
Cerca
de 70% dos usuários continuarão sendo cativos comprando 100% com as
distribuidoras e não podendo fazer nenhuma instalação de sistema. Especialistas
do setor, em relação ao PL 4831 de taxação
do sol afirmam com total certeza que nada vai acontecer com o
segmento, mesmo que os governos em geral não sejam tão a favor e estejam do
lado das distribuidoras de energia.
Especialistas
afirmam que PL não pode prejudicar o setor de energia solar
Em
2019, quando começou a taxação do sol, houve a mesma preocupação de que o setor
de energia solar iria acabar e já chegamos em 2024 mesmo com a taxação.
Houve um acordo que ficou bom para as distribuidoras e não tão bom para os
consumidores, mas não foi o suficiente para ‘matar o setor’, que continua indo
muito bem.
O
mercado tem realizado diversas instalações em todo o país. Ainda de acordo com
os especialistas, supondo que a PL 4831 de taxação do sol seja aprovada, a
mesma terá que passar por alterações.
Especialistas
apontam que o projeto provavelmente sofrerá alterações durante a tramitação
para conciliar os interesses dos diferentes envolvidos como o governo, as
distribuidoras de energia e o setor de geração distribuída, que inclui
energia solar.
Essas
alterações podem mitigar o impacto negativo apontados por críticos do projeto,
como restrição de crescimento da GD solar. Resumindo, muitos dos que estão lá
para defender não aceitarão 70%, contudo não se sabe ao certo quantos por cento
ficará no final.
Por
quê a taxação do sol não pode impactar negativamente o segmento?
Mesmo
as distribuidoras de energia conseguindo uma porcentagem com a taxação do sol,
o setor de energia solar não será afetado, visto que nunca conseguiremos adotar
100% dos usuários da energia.
Nem
todos podem adquirir sistemas de energia solar no telhado por vários motivos,
sendo o principal a falta de espaço no telhado, a grande maioria da população
possui um terreno disponível para instalação e geração remota que não vale
muito a pena.
Essa
reserva de mercado que a companhia elétrica está exigindo existirá independente
do PL 4831 ser aprovado ou não, porque nem todos vão instalar energia
solar. Com isso, os especialistas afirmam que os empreendedores e
instaladores não devem ficar preocupados com a aprovação do projeto de lei.
Fonte: Portal energia limpa
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