As cinco regiões do país estiveram representadas na quarta Conferência Nacional de Cultura (CNC), Realizada em Brasília entre os dias 4 e 8 de março o maior evento de políticas públicas do setor, reuniu delegados culturais do Norte, Nordeste , Centro-Oeste, Sul e Sudeste do país que levaram propostas e demandas de cada uma das regiões no campo cultural.
Mais de mil e trezentos delegados estiveram na conferência. Desse total, o
maior número foi da região Nordeste com quatrocentos e seis
participantes. Entre eles o técnico em cultura do departamento de cultura, do
município de Barra do Choça, na Bahia, Vinicius Gil.
“Participar
pela primeira vez dessa conferência nacional e ainda mais com uma delegação tão
potente, a maior delegação de toda a conferência, a delegação do Nordeste, o
Nordeste, que foi ponta de lança e teve no front do enfrentamento ao fascismo
no país. não poderia ser diferente nesse momento de celebração. Então, estou
muito feliz de ter participado. E é com muito, com a esperança renovada das
propostas que a gente construiu coletivamente nesses dias”.
Retomada
após mais de dez anos, a volta da Conferência Nacional de Cultura , também foi
celebrada pela ministra Margareth Menezes que destacou a diversidade de
participantes.
“Essa
é a maior Conferência Nacional de Cultura já realizada até agora, porque,
pelos aspectos de participação, principalmente. tem gente participando de todas
as regiões do Brasil, de todas as cidades, pelo menos uma grande maioria das
cidades do Brasil estão aqui presentes, com representação da cultura indígena,
da cultura cigana acolhendo tudo isso, trazendo os quilombolas para além da
cultura urbana, da cultura hip hop, enfim, das culturas todas que já tem”.
Durante a CNC, os delegados definiram as propostas que vão guiar a produção do plano nacional da cultural. Representar a região Nordeste com direito a voto nas deliberações das plenárias teve um significado muito importante para Stephanie Rosalina, primeira mulher trans a assumir o cargo de secretária de cultura do município de Pires Ferreira, no Ceará.
“A participação da Conferência Nacional de Cultura foi uma consagração de
lutas, uma consagração de estarmos há tanto tempo lutando, trabalhando e
aguardando esse momento, de podermos externar as nossas ideias na construção de
um plano nacional de cultura que abrace esse país tão plural na cultura”.
Com o tema “Democracia e Direito à Cultura”, a quarta CNC foi a maior da história do país. além dos mil trezentos e trinta e oito delegados, participaram mil e oitenta e sete convidados, mil quatrocentos e noventa e um observadores e mais setecentas e trinta e oito pessoas no apoio e organização e, ainda, ainda cento e cinquenta e um profissionais da imprensa.
A ministra Margareth Menezes comenta porque é necessário existir uma parceria
entre a população e o ministério da cultura.
“Houve
esse apelo e houve esse atendimento também do chamado do Ministério da Cultura
para essa quarta conferência, as pessoas quiseram participar. Então, é muito
importante também que a sociedade entenda que o setor cultural é um setor onde
acolhe. Quem está lá? Quem somos nós? somos cidadãos e cidadãs como todos os
outros nas outras áreas de profissão e de vivências. Então nós temos nossos
direitos garantidos na Constituição”.
A
quarta Conferência Nacional de Cultura é uma realização do Ministério da
Cultura e do Conselho Nacional de Política Cultural (CNPC), correalizada pela
Organização de Estados Ibero-Americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura
no Brasil (OEI), com o apoio da Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais
(Flacso Brasil).
Fonte: Brasil 61
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