Ao
ressaltar que não viu os detalhes da portaria 190/2024, que estimula os
professores a aprovarem em massa os estudantes da rede estadual, o ministro da
Casa Civil e ex-governador da Bahia, Rui Costa (PT), defendeu, nesta
segunda-feira (11), o texto que foi editado pela Secretaria de Educação do
estado.
Rui
Costa argumentou que, desde o seu tempo de escola, escolas aprovam estudantes,
que foram reprovados em uma ou duas disciplinas, mas estes alunos são cobrados
no ano seguinte. A portaria defendida pelo ministro, entretanto, prega a
aprovação de alunos que perderam em até cinco disciplinas. E, de acordo com a
APLB-Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia, a Secretaria
de Educação descumpriu a própria medida e aprovou estudantes que perderam em
mais de cinco disciplinas
A
acusação do sindicato dos professores, que foi formalizada no Ministério
Público da Bahia (MP-BA), foi realizada com base em uma pesquisa com respostas
de 408 docentes, coordenadores pedagógicos e gestores dos 27 Núcleos
Territoriais de Educação do estado. No levantamento, 240 trabalhadores da
Educação estadual também disseram que os estudantes foram aprovados sem cumprir
a exigência mínima de 75% horas de horas letivas, como determina o texto da
pasta.
"Na
minha época, tinha isso. Ou você ficava de recuperação ou aquela matéria ficava
pendente para o ano seguinte. E você ia fazer dois (anos) em um. Fazia a do ano
e fazia o assunto do ano anterior. Desde a minha época, tinha isso. Não é de
hoje. Parece que é uma grande novidade. Estou falando de 30, 40 anos atrás. Já
tinha isso para dar a mão a esses meninos", afirmou o ministro, em
entrevista à rádio Metrópole.
Ainda
na entrevista, Rui Costa declarou que a Bahia é o estado que mais reprova
estudantes no País, mas o ex-governador não explicou os motivos que levam a não
aprovação dos alunos.
“(Isso
é) historicamente. Se for fazer comparações com outros estados, é o estado que
mais reprova. Eu não vi detalhes da portaria. Então, não quero aqui comentar. O
que se busca o tempo todo é dar as mãos a esse jovem, jovens da favela da
periferia, do morro, da zona rural, jovem que passa dificuldade para se
alimentar”, emendou.
Com informações do jornal Correio da Bahia
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