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O
governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, descartou nesta quarta-feira, 13,
que vá sair do Republicanos, sua sigla atual, para migrar para o Partido
Liberal (PL), legenda do ex-presidente Jair Bolsonaro. “Estou no Republicanos,
estou bem, planejando o futuro, sem nenhum movimento de mudança”, afirmou
Tarcísio, após reunião com a bancada do partido na Câmara.
A
pressão para Tarcísio mudar para o partido do seu padrinho político foi
admitida pelo deputado Marcos Pereira, presidente do Republicanos, ao Broadcast
Político/Estadão no último dia 6. Segundo o dirigente partidário, contudo,
“não há motivos para ele (Tarcísio) sair”.
O
governador já havia afirmado não ter intenção de sair do Republicanos em duas
ocasiões na semana passada. No dia 8, Tarcísio disse que não pretendia deixar o
atual partido “por ora”, ao menos até as eleições municipais deste ano.
“Não tenho previsão de sair, por ora. Estou satisfeito no Republicanos e nós temos um time”, afirmou em entrevista a jornalistas na Sala São Paulo, no centro da capital. “Esse time tem o Republicanos, tem o PL, PSD, PP e MDB. Tem também o Podemos. São os partidos que estão conosco e esses partidos e a gente espera ter um grande resultado no final do ano”, reforçou o governador.
O
governador também foi questionado sobre o tema no dia 5, durante visita à
fábrica da Toyota, em Sorocaba, no interior paulista. Na ocasião, afirmou que
não havia “movimento nenhum a ser feito”, apesar da investida de Bolsonaro, seu
aliado, tocar no “fundo do seu coração”.
Motivos
para a mudança
Em
25 de fevereiro, durante o ato pró-Bolsonaro na Avenida Paulista, Tarcísio foi
uma das autoridades com direito a fala e fez um discurso repleto de afagos ao
ex-mandatário, reforçando ainda mais a proximidade que impulsionou sua candidatura
ao governo estadual. Para além de orador no trio elétrico, Tarcísio foi o
anfitrião de Bolsonaro durante a estada do ex-presidente em São Paulo, no
Palácio dos Bandeirantes.
Porém,
como mostrou o Estadão, os motivos da possível migração de legenda contemplam
fatores para além da proximidade de Tarcísio com o ex-presidente. O governador
está insatisfeito com a proximidade de Marcos Pereira, presidente do
Republicanos, com o governo de Lula. O deputado quer o apoio do Palácio do
Planalto para se eleger à presidência da Câmara. A Casa escolherá o sucessor de
Arthur Lira (PP-AL) em menos de um ano.
Tarcísio
também está insatisfeito com um rearranjo político em Santos. O prefeito
Rogério Santos, aliado do governador, deve abrir mão da reeleição em favor do deputado
Paulo Alexandre Barbosa (PSDB), ligado ao ministro do Empreendedorismo e da
Microempresa, Márcio França, e ao vice-presidente Geraldo Alckmin, ambos do
PSB.
Entre
2015 e 2018, Alckmin governou o Estado com França como vice. Para Tarcísio,
segundo auxiliares, o arranjo favorece o PSB numa disputa ao governo estadual
em 2026.
Fonte: Isto È dinheiro .
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